SÃO LUÍS – A escassez de produtos na Venezuela, com uma das maiores inflações registradas no mundo, tornou a viagem de Semana Santa de alguns turistas ao Estado de Merida, noroeste do país, um verdadeiro estresse. O local é conhecido por suas belas montanhas, mas ganhou destaque nos últimos dias pela falta de produtos básicos nas prateleiras. E em plena alta temporada, ao menos cinco hotéis chegaram a pedir que hóspedes levassem seu próprio papel higiênico.
Em alguns dos estabelecimentos, não há sabonete, leite, café ou açúcar há mais de um ano. A situação força substituições no cardápio dos restaurantes. Para os donos de hotéis, só há duas opções: esperar em filas quilométricas por horas e horas ou comprar os produtos no mercado negro por seis vezes o preço normal do produto.
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A solicitação dos hotéis, no entanto, implica em outro problema: turistas que forem pegos transportando produtos básicos, como papel higiênico, para os hotéis correm o risco de serem confiscados, em uma medida para evitar o contrabando.
Para que se tenha uma ideia da inflação no país, um simples pacote de camisinhas pode custar não menos o equivalente a R$ 2 mil.
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