SÃO LUÍS - A última etapa de vacinação contra a febre aftosa no Maranhão começa nesta segunda-feira (1º). Durante a campanha, o estado precisa vacinar 100% do rebanho para efetivar o reconhecimento como zona livre de febre aftosa sem vacinação, a partir do dia 2 de maio.
De acordo com a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged-MA), não existe a possibilidade de prorrogação de prazo nessa etapa de vacinação contra a febre aftosa. A Aged-MA destaca ainda que, após a vacinação do rebanho, o produtor deve comprovar a imunização até 17 de maio, de forma presencial no escritório da Aged onde a propriedade está cadastrada, ou de forma eletrônica, acessando o Sistema de Gestão Agropecuária do Maranhão (SIGAMA), cujo link está disponível na seguinte página: https://aged.ma.gov.br/.
A Aged-MA informa que o Maranhão possui 10.788.198 bovídeos (bovinos e bubalinos) espalhados em 113.161 propriedades rurais atualmente. Os animais de todas as idades devem ser imunizados durante a campanha, e a agência está trabalhando para que o Maranhão alcance o índice de 100% do rebanho vacinado.
"Estamos nos preparativos para essa etapa de campanha e contamos mais uma vez com o total apoio de nossos produtores, pois todas as instituições ligadas à agropecuária estão somando esforços com a Aged para que tenhamos êxito. Nosso objetivo é fazer o Maranhão conquistar o status sanitário de zona livre de febre aftosa com reconhecimento internacional conferido pela Organização Mundial de Saúde Animal", diz o presidente da Aged-MA, Cauê Aragão.
Novo status sanitário
No último dia 25 de março, o Governo Federal publicou, no Diário Oficial da União, que o Maranhão será reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação, a partir do dia 2 de maio deste ano, quando a aplicação da vacina contra a doença será encerrada no estado. A decisão é de uma portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Além do Maranhão, o Distrito Federal e mais 15 estados receberão o reconhecimento: Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
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A partir de 2 de maio, será proibido armazenar, comercializar e usar vacinas contra a febre aftosa no Maranhão e demais estados reconhecidos como zona livre de febre aftosa sem vacinação. Também estará proibida a entrada de animais vacinados contra aftosa nesses estados, a menos que sigam orientações específicas do Mapa.
A Aged-MA já havia informado, em novembro de 2023, que o Maranhão havia sido autorizado a suspender a vacinação contra febre aftosa em todo o estado a partir de 2024 e que, com essa mudança, o estado sairia do status de zona livre de aftosa para zona livre sem vacinação. A decisão foi dada pela equipe gestora do plano estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA), durante reunião nacional no dia 23 de novembro.
De acordo com a Aged-MA, a conquista do status de zona livre da doença sem vacinação vai possibilitar abertura de mercado para a cadeia produtiva do gado e de seus produtos e subprodutos. O produtor maranhense, informa a Aged, teve papel importante na conquista desse novo status sanitário, por imunizarem os animais e atingirem índices acima de 90% durante as campanhas de vacinação, conforme recomendação do Ministério da Agricultura.
A Aged-MA ressalta que a produção pecuária cresceu após o Maranhão receber a classificação de zona livre com vacinação, o que aqueceu o setor da agroindústria da carne. Após o reconhecimento do Mapa, o próximo passo será o reconhecimento internacional, por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
No período de 2012 a 2023, considerando que o status de zona livre de aftosa com vacinação veio em 2014, houve crescimento do setor pecuário maranhense com a expansão de abatedouros, saindo de 0 estabelecimento em 2012 para 12 empreendimentos em 2023. No mesmo período, houve aumento do rebanho de bovídeos no Maranhão, saltando de 7,4 milhões em 2012 para 10,4 milhões em 2023.
“A conquista e reconhecimento internacional vai permitir que o Maranhão avance ainda mais no setor pecuário. Temos uma logística portuária favorável e pretendemos elevar o Maranhão ao patamar dos estados referência na pecuária”, diz Cauê Aragão.
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