Transporte público

Em Imperatriz, população não está satisfeita com o transporte público

Apenas duas empresas de ônibus têm concessão para transporte coletivo de passageiros na cidade.

Imirante, com informações da TV Mirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h37

IMPERATRIZ - Nesta semana, no quadro Você quer saber, do Bom Dia Mirante, o assunto mais votado foi "Transporte público". O transporte é um dos grandes desafios para a melhoria da qualidade de vida da população e como em muitas cidades, com o crescimento os problemas, também, se agravam.

Veja, ao lado, na reportagem de Tátyna Viana e Raimundo Beserra.

Bom momento econômico do município trouxe facilidades de crédito, aumento da frota de veículos e muitos transtornos, a começar pelo transporte coletivo que não atende de forma satisfatória os mais de 25 mil trabalhadores que dependem do serviço.

O número de veículos que circulam na segunda maior cidade do Estado já passa de 78 mil. Segundo a Ciretran, mais de dois mil foram emplacados somente nos primeiros cinco meses deste ano. As facilidades de crédito fizeram com que muitos imperatrizenses trocassem as bicicletas pelas motos e outros realizassem o sonho de ter um carro zero na garagem. Mas de 15% da população ainda depende do transporte coletivo urbano.

Quinze por cento é um número considerável, diante da população de Imperatriz, que tem cerca de 230 mil habitantes. Apenas duas empresas de ônibus têm concessão para o transporte coletivo de passageiros, mas as condições de espera e, principalmente, a demora na chegada do veículo, acabaram popularizando outros serviços.

Em alguns locais, só a placa sinaliza o ponto de ônibus. São muitas paradas sem cobertura, assentos. E, quando eles existem, estão em péssimo estado de conservação ou não comportam a demanda de usuários. Em outro ponto, um dos mais movimentados no centro da cidade, a cobertura foi improvisada com lonas, para fazer sombra aos usuários. Mas falta lugar para sentar.

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Pela demora na espera do ônibus, uma alternativa que caiu no gosto do povo foi o serviço de mototáxi. São 650 motos autorizadas pela na Secretaria de Trânsito, fáceis de serem identificadas pela cor e pela numeração tanto no veículo quanto no capacete. Mas pelo menos outras 200 fazem o transporte clandestino, escapando diariamente da fiscalização.

Cada corrida, dependendo da distância, custa no mínimo R$ 4. Quase o dobro da tarifa cobrada nos ônibus. Preço que cedeu espaço para outro tipo de transporte: o táxi lotação agora tem ponto rotativo, reconhecido recentemente pela Secretaria de Trânsito.

A medida foi tomada depois de uma audiência pública na câmara de vereadores. Na pauta da sessão, o Sindicato dos Taxistas regularizados questionou a concorrência provocada por esse tipo de transporte, que seria desleal tanto pelo valor da passagem quanto pela postura dos taxistas que fazem lotação, ao pegar passageiros durante a corrida. As corridas são pagas individualmente e fogem à regra do taxímetro. Em média, R$ 2,50.

Outro tipo de transporte que tem reflexo no trânsito da cidade é o de cargas, no setor Mercadinho. A produção das cidades circunvizinhas e de outros Estados não tem horário regulamentado para carga e descarga. Na rua que dá acesso ao Centro, acaba virando uma bagunça.

Um trânsito cada vez mais conturbado pela demanda de veículos que cresce disparadamente, mas também pela imprudência de motoristas que prestam um serviço essencial, mas que acaba desvalorizado.

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