Operação Hades

Fraude na Previdência Social em Caxias deu prejuízo de R$ 1,3 mi

Quadrilha especializada no crime, com ajuda de servidores, deu prejuízo de R$ 1,3 milhão.

Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h38

SÃO LUÍS – A Polícia Federal e a Previdência Social cumprem seis mandados de prisão e dez de busca e apreensão nos municípios maranhenses de Trizidela do Vale e Codó e na capital do Piauí, Teresina. Os mandados fazem parte da Operação Hades, que combate as fraudes cometidas contra a Previdência Social no município de Codó.

De acordo com as primeiras informações repassadas pela Polícia Federal, dois manados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Teresina (PI), um de busca e apreensão e um de prisão em Trizidela do Vale (MA) e seis manados de busca e apreensão e cinco de prisão na cidade de Codó (MA). Os mandados foram concedidos pela Justiça Federal de Caxias (MA).

A investigação de fraudes contra a Previdência Social teve início em maio de 2010, com base em uma ocorrência policial, onde ficou registrada a utilização de documentos de pessoas mortas para obtenção de benefícios previdenciários. O crime tinha apoio de servidores públicos federais lotados na Agência da Previdência Social de Codó (MA). Segundo a apuração da PF, o prejuízo pode passar de R$ 1,3 milhão, durante os dois anos da fraude, em pagamentos a 80 benefícios.

Valores estes que permitiram aos líderes da quadrilha ostentar um patrimônio incompatível com a renda formal declarada. A participação dos servidores da agência de Codó consistia na facilitação da concessão de benefícios, renovação de senhas bancárias vencidas e a obtenção de empréstimos consignados em nome destes beneficiários já falecidos. Entre os documentos utilizados na fraude estão CTPS, RG, Certidão de Nascimento e Certidão de Óbito.

Os integrantes da quadrilha responderão pelos crimes de estelionato previdenciário, falsificação de documentos públicos, formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, apropriação de proventos de idoso e retenção de cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios de idosos.

A operação chama-se Hades em referência porque a quadrilha utilizava documentos de pessoas mortas para auferirem, em vida, rendimentos ilícitos. Na mitologia grega, Hades era o senhor do reino dos mortos. Ele era o deus responsável por governar o mundo subterrâneo e, como tal, as almas após a morte.

Participam da operação 39 policiais federais da Delegacia de Polícia Federal de Caxias, Superintendência da Polícia Federal do Piauí, além de cinco servidores da Força-Tarefa Previdenciária.

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