Emprego

Caxienses se qualificam para emprego

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 13h23

CAXIAS - Com poucas oportunidades no mercado de trabalho caxiense, quem pode investe em qualificação profissional. Os cursos técnicos e de informática são os mais procurados por aqueles que querem conquistar um emprego.

Inácio Bezerra, 18 anos, terminou o ensino médio em uma escola da rede pública no ano passado e ainda não sabe o que vai fazer até ingressar na universidade. Ele acredita que um curso é uma boa chance de formar o currículo e ainda garantir uma ocupação até se empregar.

Sem ter dinheiro para bancar a qualificação extra, ele conta com a boa vontade da avó. Bezerra contou que já buscou também informações nos órgãos que oferecem qualificação gratuita no município. “Gosto de ensinar as pessoas, acho que vou acabar sendo professor de química, que era a disciplina que eu mais gostava na escola. Minha família é humilde e não posso mais ser estudante profissional. Quero arrumar um trabalho de dia e estudar à noite, mas, enquanto não encontro um emprego, vou continuar estudando”, afirmou o candidato a professor.

A diretora de uma escola de informática, Regina Texeira, informou que a maioria dos alunos é adolescente e que o principal objetivo deles não é apenas aprender informática, mas garantir uma vaga no mercado de trabalho.

“Quem está em busca de trabalho tem que saber lidar com o computador e não basta apenas saber digitar textos e acessar a internet, é preciso ter um diferencial e é isso que a escola tenta ensinar. Eles sabem que hoje em dia é possível fazer praticamente tudo no computador e não apenas mexer com programas. Nós estamos preocupados em ensinar isso para eles”, salientou a diretora.

Ricardo Soares não esperou o emprego “bater em sua porta”. O jovem de 23 anos está fazendo trabalhos escolares em casa, no computador da família, para ganhar o seu próprio dinheiro. Ele diz que não é muito, mas, com a ajuda do pai, conseguiu comprar uma máquina mais moderna. Ricardo Soares afirmou que continua em busca de um emprego formal.

“Vou fazendo esses trabalhos digitados em casa, mas também vou atrás de outras coisas nas horas vagas. Entrar na faculdade foi bom porque eu já consegui uma clientela por lá, entretanto não dá para esperar me formar para arranjar um emprego formal. A gente tem que ir à luta e tem muita gente lá na faculdade querendo uma oportunidade como eu”, justificou Ricardo Soares, que é acadêmico de Biologia da Universidade Estadual do Maranhão (Uema).

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.