Hospital Universitário está sucateado

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 14h38

SÃO LUÍS - O Hospital Universitário de Caxias (HU), situado à rua Quinina Pires, no Centro, foi adquirido pelo Governo do Estado há mais de dois anos. Foi comprado pelo montante de R$ 4,5 milhões. O hospital pertencia ao atual prefeito de Caxias, Hum- berto Coutinho.

Adquirido de portas fechadas, todos os equipamentos que estavam dentro do hospital foram deixados e mesmo com a estrutura pronta, sendo necessário apenas algumas adaptações para se transformar em um hospital-escola, que serviria de apoio para os estudantes dos cursos de Medicina e Enfermagem da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), nunca abriu suas portas para atender a população caxiense.

Atualmente, o HU encontra-se abandonado. O material deixado no local está sucateado, sujeira e entulho tomam conta da parte interna do hospital. O descaso prejudica não apenas os estudantes, que deixam de ter no HU um aliado na aplicação da teoria que aprendem em sala de aula, mas a própria população que poderia ser atendida nessa unidade de saúde.

Capacidade

Com capacidade para 120 leitos, quando foi adquirido pelo Governo do Estado o local deveria funcionar como uma macrorregião de saúde, com capacidade para atender ocorrências de média e alta complexidade, mas não foi isso que aconteceu até o momento.

Governo do Estado, Uema e o poder público trocam acusações quanto à responsabilidade do não funcionamento do hospital. Para a reforma do local, seria necessário o montante de R$ 4 milhões, mas nada foi repassado para os cofres da universidade, já que ficou acordado que seria a instituição de ensino que administraria a unidade de saúde.

“Não há na universidade professores efetivos para o curso. A tarefa que temos para executar, a fim de colocar o Hospital Universitário de Caxias em funcionamento, depende da vontade dos poderes políticos e é isso que iremos reivindicar”, declara o estudante da primeira turma do curso de Medicina, Otto Mauro Rosa.

Ao contrário do que foi divulgado na época da compra da unidade de saúde, a administração do hospital-escola será de inteira responsabilidade da Uema.

Quase toda a estrutura física do prédio ainda é a mesma que abrigava a Casa de Saúde e Maternidade de Caxias, inaugurada em 1971.

O prédio, antes da reforma para adaptação das salas de aula para os cursos de Medicina e Enfermagem, era composto por enfermarias, UTI, maternidade, centro cirúrgico, sala de esterilização, refeitório, pronto-socorro, pediatria, além de 15 apartamentos destinados aos atendimentos particulares.

O hospital tinha capacidade para 300 leitos. Com a construção das salas de aula, esse número foi reduzido e ainda ficou definido pela Uema que o HU teria capacidade para 120 leitos.

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