Saldo positivo

Brasil gerou mais de 235 mil novos postos de trabalho em agosto

Saldo foi positivo nos grandes setores e em 27 unidades federativas.

AgĂȘncia Brasil

Os dados constam do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado nesta sexta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Os dados constam do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado nesta sexta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. (Divulgação)

BRASIL - O Brasil ampliou em 232.513 o nĂșmero de postos de trabalho com carteira assinada no mĂȘs de agosto, nĂșmero 0,49% maior do que o observado no mĂȘs anterior. No acumulado do ano, perĂ­odo compreendido entre janeiro e agosto, jĂĄ foram geradas 1.726.489 novas vagas. Os dados constam do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado nesta sexta-feira (27) pelo MinistĂ©rio do Trabalho e Emprego.

Tendo como recorte os Ășltimos 12 meses (perĂ­odo entre setembro de 2023 e agosto de 2024), o saldo de postos de trabalho estĂĄ positivo, com a criação de 1.790.541 novas vagas. “Com isso, o estoque, que Ă© a quantidade total de vĂ­nculos celetistas ativos, contabilizou 47.243.764 vĂ­nculos, representando uma variação de +0,49% em relação ao mĂȘs anterior”, informou o ministĂ©rio.

Ministro do Trabalho e Emprego em exercĂ­cio, Francisco Macena ressaltou que a boa notĂ­cia Ă© que “nĂŁo sĂł os cinco grandes grupos econĂŽmicos, mas as 27 unidades federativas apontaram crescimentos importantes”.

O destaque de agosto ficou com o setor de Serviços, que criou 118.364 postos em agosto. No acumulado do ano, o saldo positivo chegou a 916.369 novos postos. A indĂșstria foi responsĂĄvel pela criação de 51.634 novos empregos em agosto, com destaque para a indĂșstria de transformação (50.915 postos). No acumulado do ano, este setor jĂĄ soma 343.924novos postos.

CrĂ­ticas ao BC

“O acumulado da indĂșstria jĂĄ representa 90% de todos os postos de trabalho que foram criados no ano passado. Isso, para nĂłs, Ă© um indicador muito importante por mostrar retomada do desenvolvimento econĂŽmico e da perspectiva de um desenvolvimento mais sustentĂĄvel, apesar de o Banco Central, aquele povo ensimesmado, ainda trabalha, na nossa opiniĂŁo, em uma perspectiva contrĂĄria ao desenvolvimento econĂŽmico do paĂ­s, aumentando o custo da dĂ­vida pĂșblica e deixando de incentivar investimentos na indĂșstria e na economia”, argumentou Macena ao ressaltar que o BC precisa levar em conta, nas anĂĄlises que costuma apresentar, que “a perspectiva de desenvolvimento do paĂ­s vai alĂ©m da polĂ­tica monetĂĄria”.

O setor de comĂ©rcio gerou 47.761 novos empregos com carteira assinada em agosto; e 169.868 no acumulado do ano. A construção civil criou 13.372 postos no mĂȘs e 213.643 no acumulado entre janeiro e agosto. JĂĄ o da agropecuĂĄria gerou 1.401 novos empregos formais em agosto; e 82.732 no acumulado de 2024.

“Quero chamar atenção para o quarto maior gerador de postos de trabalho [em agosto], que foi a construção civil. Na nossa opiniĂŁo, começamos a ver os resultados dos investimentos pĂșblicos do Novo PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] na habitação. Principalmente, nos recursos de financiamento por FGTS Minha Casa Minha Vida no mercado imobiliĂĄrio. Nossa expectativa Ă© que isso seja impulsionado cada vez mais”, explicou o ministro.

RegiÔes e estados

No comparativo entre as regiÔes do país, o Sudeste gerou 841.907 empregos ao longo de 2024. O Sul gerou 309.140 novos empregos formais; o Nordeste registrou mais 257.925 vagas; o Centro-Oeste, 187.471; e o Norte, 104.773 postos.

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“Acreditamos que os prĂłximos meses nĂłs continuaremos tambĂ©m nessa curva crescente e que sai a gente fecha o ano mesmo com a sazonalidade de dezembro chegando bem prĂłximo ou se nĂŁo batendo a marca de 2 milhĂ”es de novos trabalhadores formalizados”, disse o ministro em exercĂ­cio.

“SĂŁo Paulo estĂĄ puxando o crescimento, com 60.770 [novos postos de trabalho]. Rio de Janeiro, 18.660 Postos; Pernambuco com 18.112; e o que a gente sempre tem destacado aqui: a importĂąncia da retomada dos empregos tambĂ©m no Rio Grande do Sul, que apresentou mais 10.413 empregos, consolidando uma retomada que vem desde julho”, disse o ministro.

Ele acrescentou que os nĂșmeros mostram uma vigorosa recuperação do mercado de trabalho no Rio Grande do Sul, apĂłs as chuvas e as enchentes que assolaram o estado. “Se a gente pegar o acumulado aqui tambĂ©m desse perĂ­odo, vamos perceber que o Rio Grande do Sul recuperou metade dos empregos que foram perdidos devido a catĂĄstrofe que aconteceu lá”.

GĂȘnero, faixa etĂĄria e renda

Ainda de acordo com o Novo Caged, do total de novas vagas geradas no mĂȘs de agosto, 119.317 foram ocupadas por mulheres e 113.196 por homens. Com relação Ă  faixa etĂĄria, o maior saldo foi observado entre os trabalhadores com faixa etĂĄria entre 18 e 24 anos (126.914 novos postos de trabalho).

Trabalhadores com ensino mĂ©dio completo tambĂ©m registraram o maior saldo (154.057). Quanto Ă  raça/cor, a maioria dos empregos foi gerada para pardos, com um saldo de 204.407 novos postos no mĂȘs.

O ministro destacou, tambĂ©m, os reflexos deste cenĂĄrio no valor do salĂĄrio mĂ©dio das novas contrataçÔes. “O salĂĄrio mĂ©dio real de admissĂŁo de agosto ficou em R$ 2.156,86. Uma redução de R$ 7,54 em comparação com o valor de julho. Por outro lado, se a gente considerar os trabalhadores tĂ­picos [modelo tradicional, regido pela CLT], o salĂĄrio real de admissĂŁo foi R$ 2.186,69 o que Ă© uma elevação de 1,4%”.

“O emprego e a atividade econĂŽmica continuam crescendo no paĂ­s. Continuaremos trabalhando essa meta do governo federal, de uma polĂ­tica de investimento em todos os setores. Acreditamos que este Ă© o movimento virtuoso possĂ­vel, para podermos proporcionar maior desenvolvimento e melhor distribuição de renda”, complementou Macena.

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