MINAS GERAIS - O Tribunal de Justiça de Minas Gerais informou esta noite (19) que o juiz Michel Curi e Silva, substituto na 2ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte, determinou, liminarmente, a suspensão de todas as licenças ambientais do Complexo Germano, da mineradora Samarco, local onde ocorreu o rompimento da barragem de rejeitos de Fundão, em Mariana (MG), até nova decisão do Poder Judiciário. O pedido foi feito pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Na decisão, o juiz reconhece a importância do funcionamento da mineradora para a economia da região e até mesmo para a macroeconomia do estado, ao gerar riquezas, empregos e arrecadação tributária, entretanto destacou que isso não pode justificar a retomada de atividades que gerem risco de novas tragédias, com perdas de mais vidas humanas e danos ambientais irreparáveis.
O juiz concluiu que a empresa estava tentando voltar a operar usando as mesmas licenças ambientais obtidas antes do rompimento da barragem, que deixou 19 vítimas fatais, desalojou milhares de pessoas, destruiu o distrito de Bento Rodrigues e comprometeu o abastecimento de água em diversos municípios ao longo do Rio Doce, além de devastar o meio ambiente.
Continua após a publicidade..
Silva defendeu que, após o desastre, ficou evidente que as permissões anteriormente concedidas não tinham eficácia. Além disso, uma nota técnica do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) demonstra que a empresa até hoje não apresentou um planejamento de atuação emergencial para o complexo, para o caso de uma nova tragédia.
Por meio de nota, a Samarco informou que “não foi oficialmente notificada sobre a decisão” que suspende as licenças ambientais do Complexo de Germano, “mas adianta que, assim que for intimada, analisará e tomará as medidas cabíveis”.
Saiba Mais
- COP29 fecha acordo climático, e chefe da ONU critica resultado
- Apenas 5% dos recursos dos oceanos são conhecidos, diz pesquisadora
- Estados Unidos formalizam apoio à conservação em visita de Joe Biden à Amazônia
- Desmatamento cai 55% na Mata Atlântica no primeiro semestre de 2024
- Projeto inclui ações de preservação ambiental no rol de atividades rurais
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.
+Notícias