Bacabal - O desembargador Antônio Guerreiro Júnior, corregedor-geral da Justiça, encaminhou, nessa segunda-feira (14), expediente ao superintendente da Polícia Federal no Maranhão, solicitando urgente providência no combate ao tráfico de drogas no Estado. No documento, o desembargador Guerreiro Júnior cita a cidade Bacabal como exemplo onde o comércio da droga mais prosperou nos últimos tempos.
Com ligações históricas e familiares com a cidade, onde possui amigos e visita com frequência, Guerreiro Júnior diz que o tráfico e consumo de drogas em Bacabal assumiu níveis assustadores e ameaça todas as classes sociais. “A cidade vive insegura em razão da disseminação dos tóxicos e consequente aumento da violência”, diz.
Num dos trechos do documento, ele assinala que “é preciso que nós, pais, redobremos nossos cuidados com os nossos filhos. Não estamos livres das aflições toxiquêmicas cotidianamente vivenciadas, haja vista que o poderio dos maníacos da desordem social, em busca do lucro fácil e da riqueza emergente, ignora qualquer intuito moral, desafiam as leis e põem em xeque a própria altivez das autoridades”.
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O corregedor-geral se reporta, no documento, à morte de Carla Jaciara Santos de Sousa, 18 anos, que aconteceu no dia 29 de dezembro, possivelmente por overdose de cocaína. A jovem estava em uma festa em um sítio, nos arredores de Bacabal, quando passou mal e chegou ao pronto-socorro já sem vida. Sobre o caso, o documento encaminhado à Polícia Federal diz que “é preciso que a Polícia Federal tenha rápida ação investigatória, pois as famílias de Bacabal não aguentam mais a timidez do sistema policial local, isto considerando que, recentemente, uma jovem senhorita foi encontrada morta em uma chácara, vítima desse avassalador malfazejo, enquanto outros adolescentes das famílias bacabalenses – belos garotos e garotas – estão no corredor da morte, devido aos efeitos deletérios das drogas à vida”.
O desembargador Guerreiro Júnior alerta, no documento, para a chegada do período momesco, quando o comércio de entorpecentes se acentua. Ele diz que é preciso “cuidado, muito cuidado agora neste período momesco com os arautos das drogas – os traficantes. Nenhum deles quer perder o vínculo criminoso e muito menos arrefecer o entusiasmo daqueles jovens que, cotidianamente, enriquecem as suas burras”.
*Com informações de Louremar Fernandes e da Corregedoria Geral de Justiça do Maranhão.
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