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E mais: Brasileiros no Conclave

Os gestos de Francisco
Morreu o Papa Francisco e ainda não nos demos bem conta de quanto mudou a Igreja Católica, o mundo e as pessoas.
Francisco gostava das pessoas, das ruas e de futebol. O mundo e o planeta devem-lhe vigorosas intervenções em sua defesa.
Francisco foi uma voz constante a favor da paz e de uma resposta global às alterações climáticas, contra o erguer de muros e a favor do acolhimento dos migrantes, uma voz crítica da “economia que mata” e a favor daqueles que ela simplesmente descarta.
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Mas o que disse e fez este homem para que a sua voz fosse ouvida, tida em consideração e se constituísse como estímulo e inspiração para tanta gente?
O segredo das pessoas que marcam a história e o correr dos dias não é fácil de desvendar, nem se revela apenas em uma ou em outra faceta da sua personalidade.
A simplicidade humilde no trato e no uso da palavra, a profunda visão da realidade fundada na sua enorme cultura e na sua fé, a radical coragem de abrir novos caminhos impostos pelo seu discernimento sobre as situações e o bom humor, produto natural da confiança e da esperança com que viveu serão, talvez, algumas das qualidades de Francisco que esclarecem a sua popularidade.
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Contudo, mais do que as palavras, os gestos que o Papa Francisco ousou foram decisivos. Ou melhor, o acolhimento e o impacto do que ele disse só se explicam pelos gestos que marcam o seu pontificado.
Tudo ficou transparentemente expresso na sua primeira aparição pública, logo após ter sido eleito Papa. Escolhe para si o nome de Francisco, o santo dos pobres, da humildade, do amor à criação e da reforma da Igreja. Surge vestido de branco, sem qualquer manto purpuro, desafiando, nessa brancura simples, o fausto de anteriores Papas. Dessacraliza o momento com uma boa piada sobre si próprio e os seus irmãos cardeais que não se lembraram de outra coisa senão de ir “buscar um Papa no fim do mundo”.
E inverte as funções tradicionais do hierarca e do povo: antes de dar a bênção à multidão presente na Praça de São Pedro, pede-lhe que reze por ele.
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Se dúvidas houvesse quanto às prioridades de Francisco, a sua recusa de viver no Palácio Apostólico, fixando a sua morada na humilde Casa de Santa Marta, hospedaria em que pernoitam muitos dos que passam por Roma, acabaria com elas.
E para os mais distraídos que ainda não tivesse percebido que algo mudara, aí estão dois outros gestos: a primeira visita oficial foi à ilha de Lampedusa, símbolo do sofrimento de todos os imigrantes rejeitados; e na Quinta-feira Santa o Papa não ficou na Basílica de São Pedro, foi a uma prisão lavar os pés de mulheres reclusas. Sim, mulheres, incluindo uma muçulmana!
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Entre as contribuições do Papa Francisco no campo das relações internacionais destaca-se, como a mais inovadora e original, a sua visão da ecologia integral, explanada pela primeira vez na encíclica Laudato si’, publicada há dez anos.
Os gestos e intervenções de Francisco em defesa de um planeta amigo do ambiente se multiplicaram ao longo de todo o pontificado, mas foi nesse texto que desenvolveu o seu pensamento sobre o que está acontecendo à Humanidade e ao planeta e apresentou as suas propostas de combate às alterações climáticas.
Intencionalmente divulgada seis meses antes da decisiva COP21, que iria promulgar o famoso Acordo de Paris, a encíclica foi recebida com entusiasmo por acadêmicos, pesquisadores e, em particular, pelos ativistas do clima. A ambição dos objetivos do documento saído da Cimeira do Clima de Paris, deve-lhe muito.
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Sem exagero, pode-se dizer que no movimento ambientalista mundial há um antes e um depois da Laudato si’. E não só por Francisco ter grafado nela duas expressões, dois conceitos, dois imperativos que permanecem referenciais: “cuidar da casa comum” e “ecologia integral”. Mas, sobretudo, porque o documento desenha, a partir de fatos e dados científicos expostos em linguagem simples, a evidência da catástrofe que estava aciontecendo diante dos nossos olhos.
E vai mais longe, afirmando que ela tem a mesma origem que a catástrofe social e humanitária com a qual forma uma única crise, no “paradigma tecnocrático dominante” que alimenta a deterioração ética e cultural do mundo pós-moderno.
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Esse paradigma desenvolve “um modo desordenado de conceber a vida e a ação do ser humano que contradiz a realidade a ponto de arruinar”, constrói um poder que “é tremendamente arriscado que resida numa pequena parte da humanidade” e permeia a irresponsabilidade de “extrair o máximo possível das coisas por imposição da mão humana”, impondo “a urgência de avançar numa corajosa revolução cultural”.
A denúncia do que estava acontecendo ao planeta o incompatibilizou com os negacionistas das alterações climáticas e granjeou-lhe a hostilidade dos poderosos interesses do mundo dos combustíveis fósseis. A sua intransigente defesa de que “ninguém pode ser excluído, não importa onde tenha nascido” e “as fronteiras dos Estados não podem impedir que isto se cumpra” colocou-o em rota de colisão com o mundo mais rico e com os dirigentes políticos empenhados na construção de muros impeditivos da entrada de novos imigrantes.
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Podiamos encher esta página com dezenas de afirmações, relatos de gestos e declarações do Papa Francisco sobre a incompatibilidade de se ser cristão e aceitar a pobreza de outros, sobre o pecado de repelir os imigrantes, ou sobre o escândalo de humanidade que é a indiferença perante as vítimas desta economia que mata.
Mas com isso não daria conta do mais importante: o modo como Francisco tocou (e mudou) o coração e a vida de milhões de pessoas, dentro e fora da Igreja Católica, pobres ou ricos, influentes ou marginais descartados.
Sinal inequívoco do acolhimento desse convite a olhar os outros e a vida com um outro olhar são os incontáveis testemunhos vindos dos mais insuspeitos personagens que agora enchem as mídias e as redes sociais. E que só são novidade, agora que Francisco morreu, pela sua quantidade, pois já em vida dele muitos confessavam como aquele homem modificara a sua maneira de ser.
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Num mundo que caminha alegremente para o inferno climático, em que impérios e candidatos a sê-lo desencadeiam guerras de anexação e de extermínio, onde se prolongam conflitos sangrentos pelo poder, milícias matam por motivos religiosos e as democracias ocidentais estiolam às mãos dos senhores do dinheiro e dos seus poderosos meios de controle e segregação das populações, percebe-se que a palavra de Francisco ecoasse para muita gente como estímulo a recuperar convicções perdidas, esquecidas, colocadas fora de moda.
Na atribulada conjuntura internacional desta última década, nesta cultura marcada pela “luta de interesses que nos coloca a todos contra todos”, num tempo de restrição acelerada dos espaços e dos projetos comuns, do alastrar do medo, do fim dos sonhos e do advento dos pesadelos, Francisco representou para muita gente de vidas duras ou perenes de consumos extraordinários, o desafio a recuperar confiança e esperança na sua procura de um sentido transcendente para a vida.
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Querido de muitos, onde Francisco encontrou maiores resistências foi nos Estados Unidos da América. Desde logo, dentro das portas da sua Igreja. Mas com igual relevo nos múltiplos enfrentamentos com a primeira Administração Trump, a propósito do tratamento dado aos imigrantes, a defesa da pena de morte e os privilégios fiscais dados aos mais ricos. E por um inumerável conjunto de questões nesta segunda Administração Trump.
Por outro lado, a posição do Vaticano na procura de favorecer a paz nos conflitos que assolam o mundo foi quase sempre vista por Washington como contrária aos interesses americanos. Claramente no que toca ao genocídio que Israel conduz na Faixa de Gaza, mais veladamente quando os EUA mudaram de posição em relação à guerra de expansão territorial que a Rússia prossegue há três anos na Ucrânia.
De resto, os apelos de Roma à paz e à cessação das hostilidades nem sempre foram bem entendidos em todo o mundo, sobretudo pelos que se sentiam, com razão, vítimas da prepotência dos que possuem armas mais fortes.
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Nesse contexto, nem todos concordaram com as decisões históricas de Francisco que vieram mudar a doutrina tradicional da Igreja Católica. Com ele deixou de haver motivo para a Igreja aceitar a condenação à morte de um ser humano. E terminou também a possibilidade de declarar justa qualquer guerra.
O fim das exceções que a Igreja Católica admitia para a pena de morte e a exclusão da “guerra justa” representam dois cortes muito importantes com o seu ensinamento tradicional. Prova de que, ao contrário do que pretendem os “historiadores” apologéticos, a doutrina católica não é estática, imutável, criada de uma vez para sempre (de preferência por Jesus Cristo, Ele mesmo!).
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O “desaguisado” entre os EUA e Francisco ultrapassou as barreiras das sucessivas administrações – apesar de ter lidado com um Presidente católico que durante o seu mandato suspendeu todas as execuções federais de pena de morte e no final indultou a generalidade dos que as esperavam no corredor da morte – para ter a ver com a própria sociedade norte-americana.
The American Way of Life e o Made in USA nunca foram grandes temas para Francisco, ele que era mais adepto dos cineastas do neorrealismo italiano. Nem o convenceram as virtudes da promessa americana de sucesso individual, ele que pediu perdão aos povos nativos pelas atrocidades cometidas pela Igreja a mando da avidez dos colonos. Nem concedeu à Igreja daquele país as honras de primazia que o país desejava, ele que do Sul “no fim do mundo” promoveu o protagonismo de outras Igrejas abaixo do Equador.
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Menos visível aos olhos dos leitores terá sido a revolução que o Papa Francisco encetou dentro dos muros da Igreja Católica. Neste campo, o léxico, as motivações, as nuances e os processos escapam aos menos familiarizados com a história, a organização e a tradição da Igreja Católica.
Mas talvez tenham se dado conta de que este Papa destituiu um bispo, excomungou um ex-núncio, enfrentou as dubia de cinco cardeais e as cerradas críticas de muitos mais bispos a decisões suas em vários domínios. E nenhum destes conflitos é originado por ações disciplinares no âmbito do combate aos abusos sexuais e ao seu encobrimento.
Nunca, em pontificados recentes, se vira tal coisa. É certo que a rigidez doutrinal de João Paulo II (alicerçada no cardeal Ratzinger) tinha-o levado a suspender teólogos e professores de reconhecido mérito. Mas agora os conflitos subiram de tom e Francisco foi acusado por algum dos seus pares de “estar a minar o depósito da fé”, ou de “provocar um cisma na Igreja Católica”. Pouca coisa!...
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Alguma desta oposição pode misturar-se com as consequências da “tolerância zero” em relação aos abusos sexuais – cuja expressão máxima terá sido a redução ao estado laical do antigo arcebispo de Washington, cardeal Theodore McCarrick e a mínima o arrastar do processo contra o agora ex-jesuíta Marko Rupnik –, com a abertura ao acolhimento de recasados, de pessoas LGBT, ou com a promoção de mulheres para cargos de relevo e chefia dentro da estrutura do Vaticano.
Mas o verdadeiro conflito rebenta de roda de uma estranha palavra: sinodalidade.
A convocação deste inusitado sínodo que pôs os católicos do mundo inteiro a pensar juntos (sempre que puderam e os deixaram) durante três anos o que desejavam para a sua Igreja e que responsabilidades nela queriam assumir, fez estremecer a estrutura hierárquica da Igreja Católica e provocou mais reações do que tudo quanto Francisco possa ter dito sobre a necessidade de sair dos templos e ir até as periferias, ou quando sublinhou que todos são bem-vindos, pois a Igreja deve ser espelho do amor misericordioso de Deus.
Ressentido por muitos hierarcas (diáconos, padres, bispos e cardeais) e pelos seus círculos mais próximos como um ataque ao seu poder, o processo sinodal foi travado sempre que possível. Noutras comunidades conheceu avanços inesperados, juntou pessoas e deu voz a quem nunca a tinha tido. Mas têm razão os hierarcas, a Igreja sinodal que Francisco sonhou e quis é uma comunidade em que não faz sentido o poder exclusivo dos que receberam o sacramento da ordem. Pelo contrário, todos os batizados e todas as batizadas são chamados a participar nas decisões que afetam a vida das suas comunidades e na definição das suas prioridades de ação.
O que não reduz a centralidade da figura do padre ou do bispo, “apenas” lhe retira o poder de decidir sobre tudo sem consultar ninguém.
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Os 200 homens que entraram na idade que no início de maio vão se reunir para escolherem o novo Papa, não se dividem entre conservadores e progressistas, conceitos que nada ajudam a entender os alinhamentos no conclave, mas demarcam-se por serem muito, pouco, ou nada a favor da mais importante revolução de Francisco: desejar uma Igreja de características sinodais.
DE RELANCE
Quem é o “santo de calça jeans”?
A cerimônia de canonização de Carlo Acutis, que seria realizada no domingo passado, acabou sendo cancelada após a morte do Papa Francisco. Acutis morreu em Monza, em 2006, aos 15 anos. Assim como durante os funerais do Papa, também na missa de corpo presente chamou a atenção a grande presença de adolescentes na Praça de São Pedro para se despedir de Francisco.
Essa “onda jovem”, em grande parte, foi provocada não só pelo carisma do Pontífice argentino, mas principalmente porque muitos adolescentes de várias partes do mundo – inclusive do Brasil – estavam na Itália para a canonização de Carlo Acutis, que seria no dia 27.
Com a morte do Papa, a cerimônia acabou sendo cancelada, e os jovens ficaram para os ritos fúnebres.
Nos últimos dias, Roma foi invadida por grupos de adolescentes, que tocavam violões pelas calçadas do Vaticano, dormiam nos túneis de acesso à Praça de São Pedro e deram um colorido especial e emocionante às cerimônias.
Nascido em Londres, Carlo Acutis viveu boa parte da curta vida entre Milão e Assis. O jovem foi beatificado após a Igreja Católica reconhecer um milagre atribuído a ele verificado no Brasil, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, apesar nunca ter vindo ao país.
Uma criança com uma doença rara congênita teria se curado depois que o avô tocou as roupas do jovem expostas em uma paróquia de Campo Grande. Considerado “ciberevangelista” e “padroeiro da internet”, ele morreu em Monza em 2006, aos 15 anos.
Ajuste de Conduta
O governo federal deve assinar nesta semana o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com os dirigentes do setor hoteleiro em Belém para tentar garantir equilíbrio nos preços das hospedagens durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 30, em novembro deste ano.
Garantir hospedagem para 50 mil turistas ainda é o maior desafio para os organizadores da conferência, já que imobiliárias e hotéis têm inflado os preços para além do que seria considerado razoável, mesmo considerando que por causa da alta procura haveria majoração.
O temor é que com valores muito altos as delegações encolham e a COP acabe esvaziada.
Profecia de religiosa
Filho caçula de uma família de nove irmãos, em São José do Rio Pardo (SP), o adolescente Orani chegou a resistir em seguir a vida religiosa. Afinal, a família, muito humilde, poderia precisar de seu apoio mais presente. No entanto, uma professora, alfabetizadora e religiosa chamada Maria de Lourdes Benedita Nogueira Fontão, mais conhecida como Lourdinha, o estimulou e disse que apoiaria seus pais, que ouviram dela (ainda no início da vida religiosa, quando não era sequer padre) que o “menino” seria bispo e papa.
Dom Orani hoje é cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, apto a votar no próximo conclave (e a ser votado). No entanto, há quem garanta que o religioso nunca cogitou a possibilidade de ser escolhido, mas sempre faz questão de falar de suas raízes e da amizade com a família de Lourdinha, que teve cinco filhos.
“Vai ser o papa”
Moradores da cidade paulista lembram que tinham um carinho muito grande pelos pais de Orani. “Quando Orani foi se tornar sacerdote (em 1974), ele era monge do mosteiro e convidou a minha mãe para ser madrinha de ordenação sacerdotal”.
Foi nesse cenário que ela disse, antes de ele se tornar sacerdote, que ele iria, um dia, virar bispo e papa.
Em São José do Rio Pardo e região, a história ficou famosa e chegou a gerar expectativas a cada nova evolução na carreira, como nos momentos em que foi ordenado bispo (em 1997), arcebispo de Belém (2004), do Rio de Janeiro (em 2009) e depois cardeal (em 2014).
Essa proximidade, segundo avalia a família de Lourdinha, contribuiu para a abertura de seu processo de beatificação. “Orani veio de uma família extremamente humilde, mas pareceu desde sempre muito preparado, sóbrio, sereno, tranquilo, focado, estudioso e de paz”.
A filha de Lourdinha, Maria de Lourdes, testemunha que, em sua região, a história da família e a proximidade com dom Orani têm chamado mais a atenção dos vizinhos. “Orani é um irmãozão em todas as nossas lutas. Ele está sempre muito presente em nossa vida”.
Quando Tempesta foi nomeado cardeal, os filhos de Lourdinha, inclusive Maria de Lourdes, foram a Roma para prestigiar e se emocionaram com o momento. “No evento, não havia somente católicos, porque ele gosta muito de unir as religiões”, testemunha a amiga do cardeal.
Brasileiros no Conclave
Além de participarem do velório do Papa Francisco, no sábado (26), no Vaticano, os oito cardeais brasileiros seguiram para o conclave.
Eles estiveram na Missa de Exéquias do papa, na Praça de São Pedro, e visitaram o túmulo do pontífice na Basílica de Santa Maria Maior no domingo, 27.
Entre os oito cardeais, sete estão aptos para votar no conclave. Dom Raymundo Damasceno, que já passa dos oitenta anos, perdeu o direito ao voto, mas segue com a possibilidade de receber um voto.
A seguir, os cardeais brasileiros aptos a votar no Conclave, que começará no dia 7 de maio, para eleger o novo líder da Igreja Católica:
- Dom Odilo Scherer - Arquidiocese de São Paulo (SP)
- Dom Orani João Tempesta – Arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ)
- Dom Paulo Cezar Costa – Arquidiocese de Brasília (DF)
- Dom Leonardo Ulrich Steiner – Arquidiocese de Manaus (AM)
- Dom Sergio da Rocha – Arquidiocese de Salvador (BA)
- Dom Jaime Spengler – Arquidiocese de Porto Alegre (RS)
- Dom João Braz de Aviz – Emérito de Brasília (DF)
Prêmios para “Ainda Estou Aqui”
Vencedor do Oscar 2025 de melhor filme internacional, “Ainda Estou Aqui” recebeu no domingo (27) mais três troféus importantes.
Na 12ª edição do Prêmio Platino, realizado em Madri, na Espanha, ganhou nas categorias melhor filme ibero-americano, melhor direção (Walter Salles) e melhor atriz (Fernanda Torres).
O Prêmio Platino é organizado pela Federación Iberoamericana de Productores Cinematográficos y Audiovisuales (FIPCA) e pela Entidad de Gestión de Derechos de los Productores Audiovisuales (EGEDA).
“Ainda Estou Aqui” tinha como rivais El 47 (Espanha), Matem o Jóquei (Argentina), Grand Tour (Portugal) e La Infiltrada (Espanha). Salles competia com Pedro Almodóvar (O Quarto ao Lado), Arantxa Echevarría (La Infiltrada) e Luis Ortega (Matem o Jóquei). Fernanda Torres enfrentou Sol Carballo (Memórias de um Corpo Ardente), Úrsula Corberó (Matem o Jóquei) e Carolina Yuste (La Infiltrada).
O produtor Rodrigo Teixeira e a atriz Valentina Herszage representaram o filme na premiação. Walter Salles e Fernanda Torres não puderam estar presentes e enviaram textos de agradecimento que foram lidos no palco.
Indústria do Maranhão e retração
A produção industrial do Maranhão apresentou retração de 7,9% no acumulado de janeiro a fevereiro de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Os dados constam no Boletim da Produção Industrial – fevereiro de 2025, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), com base na Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O desempenho colocou o Maranhão na 14ª posição entre os 17 estados analisados.
O resultado negativo foi influenciado principalmente pela queda de 5,7% na Indústria de Transformação, que responde por 88,4% do total da produção industrial do estado. A Indústria Extrativa registrou uma retração ainda mais acentuada, de 24,5% no mesmo período.
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Entre as atividades industriais maranhenses com maior impacto negativo estão a Produção de Alimentos (-5,4%), com redução na fabricação de sobremesas prontas, produtos de padaria e confeitaria, farinha de trigo e queijos frescos; o setor de Bebidas ete(-14,3%), afetado pela queda na produção de refrigerantes, cervejas e chopes; e a Produção de Papel e Celulose (-18,5%).
A Produção de Cerâmica, concreto e brita teve redução de 3,1%, devido à menor produção de cimento Portland e artefatos de cimento ou pedra.
Destaca-se, no período, o desempenho positivo da Metalurgia, que apresentou crescimento de 3,2%, resultado associado ao aumento na produção de óxido de alumínio, em função da elevação da demanda internacional
Para gravar na pedra:
“A paz é um bem que supera qualquer barreira, porque é um bem de toda a humanidade!. Do Papa Francisco
TRIVIAL VARIADO
Grande perda: a sociedade maranhense sofreu ontem um duro golpe com o falecimento da procuradora de Justiça Néa Bello de Sá. O corpo está sendo velado no Salvatore Funeral e será cremado no final da tarde de hoje, no Crematório Jardim da Paz.
Conflitos: o Brasil registrou 2.185 conflitos no campo em 2024, o segundo maior índice desde 1985, segundo relatório divulgado esta semana pela Comissão Pastoral da Terra (CPT). Os dados integram o “Caderno Conflitos no Campo 2024” e mostram que a Bahia lidera o Ranking de Conflitos.
Após fraudes: o Governo federal alerta para golpistas que prometem ressarcir aposentados e pensionistas do INSS.
Mais golpes: o Banco Central registrou 4,7 milhões de fraudes envolvendo Pix no ano passado. O prejuízo total chegou a R$ 6,5 bilhões.
“Robocalls”: os brasileiros recebem 10 bilhões de ligações feitas por robôs por mês. Elas testam linhas ativas e facilitam golpes.
Saiba Mais
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