SÃO LUÍS - Como parte das comemorações dos 211 anos da terceira corte de Justiça mais antiga do país, foi aberta ao público nesse domingo (10) a Exposição 211 Anos, no Salão Nobre e em corredores do prédio-sede do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA). A abertura contou com a presença de magistrados e magistradas, servidores e servidoras.
Com iniciativa inédita, o presidente do TJ-MA, desembargador Froz Sobrinho disse que a ideia é de aproximação com a comunidade.
“Assim como nos aproximamos da população onde não nos alcança por pontos de inclusão digital, com ampliação das comarcas, com visitas a quilombos, aldeias indígenas, ilhas, também abrimos os nossos prédios, como esse mais antigo, que fez 211 anos, para o público. É um palácio que tem obras de arte importantes e um espaço maravilhoso com a nossa história. Temos um museu permanente, que trouxemos para cá, exposição de quadros, fotografias e vernissage”, pontuou.
“O objetivo é trazer a comunidade para conhecer um pouco da nossa história. Os turistas, todos do sistema de justiça, para fazer esse apoio, esse conhecimento. A nossa história é importante. Só nos aproximamos da comunidade quando abrimos para ela a história, para que ela possa compreender como chegamos aqui, aos 211 anos”, concluiu.
O curador Luís Carlos Matucke foi convidado pelo presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão para realizar a exposição com o acervo do Tribunal, oportunizando que o público possa ter acesso ao prédio, que é secular. “A iniciativa é trazer a comunidade para dentro do Tribunal e quebrar uma barreira de que o público não tem acesso ao Judiciário”, finalizou.
O jornalista e curador Félix Alberto disse que a iniciativa é extremamente louvável. “Quando o Poder Judiciário abre suas portas para mostrar o rico acervo que possui, que é um acervo maravilhoso, com obras de arte de valor, com peças de valor histórico assim, sem precedentes, então isso vale muito a pena”, frisou.
“A população ter acesso a esse patrimônio, que é um patrimônio de todos, que é um patrimônio cultural, é digno de registro e de elogios. Eu me sinto honrado em ter participado desse momento, de ter ajudado na curadoria, porque é um momento muito importante para as artes e para a cultura do Maranhão”, finalizou.
Dezenas de visitantes, entre maranhenses e turistas, tiveram a oportunidade de conhecer o prédio e acervo do Tribunal de Justiça do Maranhão.
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Wanderley Pereira Batista, de Araguaína (TO), disse que fazer uma visita ao Tribunal de Justiça do Maranhão faz com que a história mexa com as pessoas. “Achei a exposição muito organizada, traz aquela emoção boa de voltar ao passado estando no presente”, completou.
Raimundo Nonato Froz Júnior disse que é muito importante conhecer a nossa história. “Eu estou adorando a exposição, principalmente aqui, que é a minha região, estou vendo como funcionava a comarca de Viana que alcançava vários municípios da região e tem uma história muito bonita”, observou.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Maranhão (OAB-MA), Kaio Saraiva, também esteve visitando a exposição e falou que é excelente a iniciativa de mostrar o acervo de obras do Tribunal de Justiça do Maranhão e valorizar a cultura maranhense.
“Além de um acervo que está no Tribunal há anos, também os quadros mais recentes de artistas maranhenses, conhecidos por suas brilhantes obras, como Péricles Rocha. E o fato de que, como o desembargador Froz anunciou, poder levar essas obras de arte também para outras inaugurações do Tribunal, permite com que esse acervo seja apreciado por outras pessoas no estado do Maranhão que não têm acesso a esse tipo de informação. E também, claro, os turistas possam conhecer a sede do nosso Tribunal, que é um palácio, um prédio histórico, que sem dúvida nenhuma os turistas, principalmente os estudantes de direito e as pessoas que são operadores do direito que vêm de outros estados e de outras cidades, terão total curiosidade e interesse em conhecer”, acrescentou.
Exposição
A exposição conta com obras do acervo do TJ-MA, de autoria de artistas como Péricles Rocha, Rogério Martins, Beto Lima e Jesus Santos, e obras do projeto “Tribunal em Linhas”, criadas pelos artistas Alex Soares, Bianca Bogéa, Carol Gama, Jailton Nogueira, Luiz Santos, Luiz Silva Diniz, Matheus Sousa Silva, Regina Borba, Ricardo Bogéa, Roseane Bastos, Társis Aires, Tatiana Medeiros e Will Barros, do grupo Urban Sketchers, movimento que reúne desenhistas e ilustradores dedicados a registrar o mundo ao seu redor e o cotidiano de forma espontânea e pessoal, desenhando ao ar livre, in loco.
A mostra acontece até 15 de dezembro, com visitação pública aos domingos (das 9h às 12h) e disponível em formato virtual.
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