Carnaval

Blocos tradicionais e escolas de samba marcam segundo dia de desfiles no Anel Viário

Oito blocos tradicionais e cinco escolas de samba se apresentaram nesse sábado (24).

Na Mira

Carro alegórico da escola Túnel do Sacavém. (Foto: Adriano Soares / Grupo Mirante)

SÃO LUÍS - O segundo dia de programação na Passarela do Samba de São Luís foi marcado pelos desfiles de oito blocos tradicionais do Grupo B e cinco escolas de samba, que levaram para a avenida cores, ritmos, histórias e muita tradição.

Nesse sábado (24), a programação teve início às 16h30 com show do grupo Samba de Reis, que levou para a passarela o melhor do samba e pagode e abriu caminho para os blocos tradicionais.

Diretamente de São José de Ribamar, na Região Metropolitana de São Luís, o bloco ‘Os Diferenciados’, que surgiu em 2017, foi o primeiro a se apresentar na Passarela do Samba, na noite desse sábado. Cantando sobre o amor, a bloco levou para a avenida as cores vermelho e amarelo, junto com as batucadas inconfundíveis e gingado dos participantes.

Em seguida, foi a vez do bloco ‘Renovação do Ritmo’ entrar na passarela. Com a temática do Halloween, o grupo, de 36 anos, oriundo do Bairro de Fátima, em São Luís, abordou mais sobre essa data que também é conhecida como Dia das Bruxas.

“Essa tradição dos blocos tradicionais é única nossa aqui em São Luís, e eu acho muito importante a gente vim prestigiar esses grupos que passam meses se preparando para chegar aqui na avenida e entregar um belíssimo espetáculo”, disse a assistente administrativo, Monique Dias.

Também se apresentaram nesse sábado os blocos ‘Companhia do Ritmo’; ‘Os Gladiadores’; ‘Os Vingadores’; 'Tradicionais do Ritmo'; ‘Gaviões do Ritmo’ e ‘Os Coringas’. As agremiações foram avaliadas por juradas e, agora, buscam pelo título de campeão do Carnaval de São Luís.

Oito blocos tradicionais se apresentaram nesse sábado (24), na Passarela do Samba de São Luís. (Foto: Adriano Soares / Imirante.com)

Escolas de Samba

Já na madrugada, e com atraso, a primeira escola a se apresentar foi a Mocidade Independente da Ilha, do bairro Cohab. Por causa do atraso, a organização dos desfiles chegou a anunciar que a escola não se apresentaria, mas, logo em seguida, a Mocidade foi autorizada a desfilar, no entanto, ela não foi avaliada pelos jurados técnicos.

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A organização da Mocidade Independente da Ilha alegou que o atraso no desfile foi motivado pela demora de um caminhão muk finalizar a preparação de um dos carros alegóricos da escola, impossibilitando, assim, que alguns componentes subissem na alegoria.

Após um atraso de mais de uma hora e meia em relação ao horário originalmente estabelecido para o início do desfile, finalmente chegou o momento da entrada da Mocidade na avenida. Sob o tema empolgante "Baila Comigo: Os Ritmos do Brasil na Alegria de Dançar", a agremiação apresentou um espetáculo que exaltava a riqueza e a pluralidade dos ritmos musicais do Brasil. 

Da cadência envolvente do samba aos compassos vibrantes do frevo, passando pela sensualidade do forró e pelo balanço do axé, cada passo dado pela escola era uma manifestação de alegria e celebração da cultura brasileira. 

“A gente entende esses imprevistos que acontecem, mas, ainda assim, a gente não deixa de prestigiar e incentivar as escolas de samba. Sabemos que elas passam meses se preparando para estar aqui hoje, então com um sorriso no rosto e com muita alegria é uma forma de retribuir isso a eles", disse a dona de casa Raimunda Pereira, que estava na arquibancada acompanhando os desfiles.

A Túnel do Sacavém, segunda escola a desfilar, trouxe para a avenida um tema tão tradicional quanto emblemático: a mandioca, um dos alimentos mais arraigados na cultura brasileira. Com sua proposta temática singular, a agremiação desdobrou-se em 13 alas, cada uma mais colorida e animada que a outra, para contar a história e exaltar as múltiplas facetas desse alimento tão querido e consumido no país.

Logo após, com 1,5 mil componentes, foi a vez da Terrestre do Samba desfilar na passarela. Com o tema ‘A Cura, o Elixir da Vida’, a escola da Estiva, bairro Zona Rural de São Luís, abordou a temática com com suas alegorias colorias e fantasias ricamente detalhadas, a escola trouxe à vida os segredos ancestrais da cura, mesclando tradição e inovação de forma magistral.

A penúltima escola a se apresentar foi a Império Serrano. Direto do bairro Monte Castelo, a escola trouxe à tona a riqueza cultural e o vigor poético que marcaram os duzentos anos desde o nascimento do poeta maranhense Gonçalves Dias, ícone da literatura brasileira. Das ladeiras de São Luís aos salões do Carnaval, a escola enalteceu não apenas a figura do poeta, mas também a alma pulsante de um povo que se reconhece em suas palavras imortais. 

A Favela do Samba, ostentando o título de atual campeã do Carnaval de São Luís, assumiu o protagonismo como a última escola a atravessar a passarela, encerrando com chave de ouro o segundo dia de desfiles. Sob o tema "Presentes de Olorum: as pérolas negras do Maranhão São Carregadas de Axé", a agremiação mergulhou nas raízes mais profundas da cultura maranhense, revelando um espetáculo de cores, ritmos e tradições que ecoavam como um tributo à ancestralidade afro-brasileira. 

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