"Sancta Susanna"

18 pessoas precisam de atendimento médico após ópera na Alemanha

Polêmica desde 1921, a ópera apresenta cenas provocativas com uma narrativa que desafia convenções religiosas e sociais.

Na Mira

18 pessoas precisam de atendimento médico após ópera na Alemanha. (Foto: Staatsoper Stuttgart/Divulgação)

ALEMANHA - Na última apresentação da ópera "Sancta Susanna", de Paul Hindemith, na Ópera Estatal de Stuttgart, 18 espectadores precisaram de atendimento médico devido a reações físicas e emocionais provocadas por cenas impactantes no palco. O espetáculo, que estreou sua nova temporada no último sábado (5), já era conhecido por seu conteúdo polêmico, incluindo nudez e temas sexuais, desde sua estreia em 1921.

De acordo com um relatório do Daily Mail, muitos dos afetados estavam sentados nas primeiras filas, onde as cenas provocativas, que retratam freiras se despindo de seus hábitos, tiveram um efeito particularmente intenso. Um porta-voz da produção comentou que, considerando a natureza da obra, os espectadores deveriam estar cientes do que esperar.

Dirigida pela coreógrafa Florentina Holzinger, reconhecida por suas performances audaciosas, "Sancta Susanna" apresenta uma narrativa que desafia convenções religiosas e sociais. O espetáculo explora a sexualidade dentro de um ambiente monástico, seguindo a protagonista Susanna enquanto ela se vê confrontada por desejos carnais que vão além das rígidas normas do convento. Entre os momentos mais polêmicos, figuram uma atriz vestida como o Papa sendo suspensa por um braço robótico e dançarinos nus realizando acrobacias.

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Viktor Schoner, diretor artístico da ópera, defendeu a ousadia da produção, afirmando que “explorar limites e ultrapassá-los com prazer sempre foi uma tarefa central da arte”. A obra inclui um aviso de conteúdo potencialmente desconfortável, com restrição de idade de 18 anos.

Apesar da controvérsia, "Sancta Susanna" tem atraído atenção nas redes sociais, sendo promovida com a frase provocativa: “Um escândalo? Não, alegria. Uma alegria transbordante”. A reação extrema da plateia, no entanto, levanta questões sobre os limites da arte e a responsabilidade dos produtores em relação ao público.

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