Grifes italianas apostam em tendência andrógena

As grifes italianas Gucci e Prada lançaram, durante a Semana de Moda Masculina de Milão, as coleções para o inverno 2006 e inovaram ao propor que as peças de roupa provem que a distinção de gêneros está cada vez menor no mundo da moda. As duas grifes levaram look andrógenos, com itens do vestuário feminino para ultrapassar fronteiras do limitado vestuário masculino.

Sem apostar em clichês, a grife de Miuccia Prada desfilou montagens em que o nylon e os cortes retos predominaram. Para os homens, sobretudos, ternos de botões e calças retas, com muita sutileza e tons sóbrios, como preto e azul marinho, compuseram a coleção. Para apresentar a coleção, a estilista distribuiu um manifesto a favor da discussão de gênero e contra os estereótipos criados pela moda. A grife também adiantou a pré-coleção feminina de inverno, que segue a mesma proposta de hibridez de gênero. Na passarela, vestidos em A, decotes profundo, comprimento no joelho e laços. Poucos acessórios marcaram a coleção, mas a Prada sugeriu o coturno como item comum aos dois gêneros.

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Já a Gucci, com a assinatura de Alessandro Michele, chefe da linha de acessórios da grife, seguindo a mesma proposta de androginia, desfilou a coleção apostando em mangas mais curtas, laços nos colarinhos, rendas e transparências nos looks para os homens. Cores vibrantes como vermelho e laranja foram predominantes nas composições. Para as mulheres, a Gucci aposta na tendência de terninhos e sobretudos afastados do corpo, mas mantendo a delicadeza nas peças expostas.

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