EMOÇÃO

Em conversa com Pedro Bial, William Bonner relembra homenagem a Renato Russo e se emociona ao recitar “Faroeste Caboclo”

Ao refletir sobre a profundidade simbólica da música lançada em 1987, Bonner novamente se emocionou.

Na Mira

Em conversa com Pedro Bial, William Bonner relembra homenagem a Renato Russo e se emociona ao recitar “Faroeste Caboclo”.
Em conversa com Pedro Bial, William Bonner relembra homenagem a Renato Russo e se emociona ao recitar “Faroeste Caboclo”. (Reprodução/TV Globo)

BRASIL - Durante sua participação no programa Conversa com Bial, William Bonner compartilhou um episódio marcante dos bastidores do Jornal Nacional. Ele lembrou uma reunião de pauta realizada em outubro de 1997, quando, para convencer a equipe da importância da cobertura da morte de Renato Russo, declamou as primeiras estrofes da emblemática canção Faroeste Caboclo, da Legião Urbana.

Na ocasião, a jornalista Lillian Witte Fibe, então coâncora do telejornal, questionava o destaque que seria dado à notícia, que ocuparia quase metade da edição. A recitação de Bonner, movida pela admiração à obra de Renato Russo, comoveu os colegas e ajudou a convencer Lillian sobre a relevância cultural da homenagem.

Anos depois, já em um novo contexto, Bonner reviveu essa emoção ao conversar com Bial no estúdio do programa, gravado em São Paulo. Em um relato íntimo, ele contou que fez o trajeto do Rio de Janeiro até a capital paulista dirigindo sozinho, e que no caminho, tomado por lembranças, recitou Faroeste Caboclo em voz alta. “Dessa vez, eu não cantei. Eu declamei Faroeste Caboclo, em lágrimas”, revelou. “Parecia um louco dirigindo e chorando.”

A pedido de Pedro Bial, o jornalista compartilhou com o público o início da canção. “... Sentia mesmo que era mesmo diferente / Sentia que aquilo ali não era o seu lugar / Ele queria sair para ver o mar / E as coisas que ele via na televisão.” A emoção, no entanto, o fez interromper. “Vou parar aqui senão vou embora”, disse, arrancando aplausos da plateia.

Continua após a publicidade..

Ao refletir sobre a profundidade simbólica da música lançada em 1987, Bonner novamente se emocionou. “Ó, eu já estou quase chorando de novo, não vou continuar. Como não chorar?”, confessou.

A canção narra a trajetória de João de Santo Cristo, um jovem nordestino que parte para Brasília em busca de uma vida melhor e sonha com justiça e dignidade para os que sofrem. “Ele queria era falar pro presidente / Pra ajudar toda essa gente que só faz... sofrer”, diz um dos versos.

Confira o momento: 

Renato Russo faleceu em 11 de outubro de 1996, aos 36 anos, vítima de complicações decorrentes da Aids. Apenas seis meses antes, William Bonner, então com 32 anos, havia assumido o posto de apresentador titular do Jornal Nacional. O impacto da morte do ícone do rock nacional marcou não apenas a história do jornalismo, mas também a trajetória pessoal de Bonner — que, quase três décadas depois, ainda carrega viva a emoção daquele momento.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.