BRASIL - A busca pela história da família italiana, que migrou pela Europa e América, levou Alain Ughetto, premiado diretor francês, a filmar Proibido a Cães e Italianos. Com estreia em 12 de setembro, a animação stop motion, um docudrama com bonecos e imagens de arquivo, chega aos cinemas brasileiros depois de passar por mais de dez festivais internacionais, entre 2022 e 2023 e receber muitos prêmios, incluindo o de Melhor Longa-Metragem de Animação, no European Film Awards, o Oscar europeu.
O filme também ganhou o Prêmio do Júrí, no Festival de Annecy e o Grande Prêmio, em Bucheon. No Brasil, teve première no É Tudo Verdade 2023, como filme de encerramento. E na mostra 8½ Festa do Cinema Italiano, quando foi eleito segundo filme mais votado pela escolha do público.
Proibido a Cães e Italianos é construído a partir de um diálogo ficcional com Cesira, a falecida avó do diretor, a quem ele pergunta tudo o que gostaria de saber para contar esta história. E que devolve ao neto um testemunho da experiência das gerações de imigrantes italianos. Em tom de poesia, e com imagens documentais, o filme dá a essa história pessoal uma dimensão universal.
A narrativa é nutrida com memórias ancestrais e vestígios do passado, como fotografias e correspondências. Durante essa experiência migratória, a família Ughetto improvisou uma nova casa cuja memória é o alicerce e que se relaciona com a trajetória de muitos imigrantes que vieram para as Américas nessa época. Coragem para sair, união familiar para persistir e muito afeto, personificado na nonna que criou todos os filhos com amor, apesar das perdas vividas no caminho.
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O diretor, também neto, parte da saga do avô para retraçar a história, que começou no início do século 20, no norte da Itália, em Ughettera, berço da família Ughetto. A vida nesta região era muito difícil e para buscar um futuro melhor, Luigi Ughetto atravessa os Alpes e inicia uma nova vida na França, mudando para sempre o destino de sua família.
"O que me interessava era voltar no tempo para conectar memórias íntimas com um contexto histórico mais amplo", conta Alain. " ... inspirei-me na realidade. Mergulhei na minha própria memória, depois na dos meus primos, irmãos e irmãs. Entre a guerra e a migração, entre o nascimento e a morte, surgiu uma história. Além da tristeza de uma história pessoal, descobri uma jornada surpreendente, contada no filme", complementa.
Sobre o título, Alain explica: "Uma velha imagem circulando na internet me intrigou: um sinal em preto e branco pendurado em frente a um velho café dizia: "Proibido a cães e italianos". A violência, a crueldade e a ferocidade desse pequeno sinal que recebia os migrantes se encaixam perfeitamente na evocação histórica que é a base do tema deste filme."
Proibido a Cães e Italianos estreou nos cinemas na França, onde fez quase 200 mil espectadores, e chega ao Brasil em 12 de setembro, em versão legendada.
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