Após estreia mundial em Berlim

‘Betânia’, longa filmado nos lençóis maranhenses, compete em três festivais franceses

Filme de estreia de Marcelo Botta, rodado nos Lençóis Maranhenses conta com elenco totalmente maranhense.

Na Mira, com informações da assessoria

Atualizada em 13/03/2024 às 16h26
‘Betânia’, rodado nos lençóis maranhenses, compete em três festivais franceses. (Foto: Divulgação/Felipe Larozza)

BRASIL - Durante o mês de março, ‘Betânia’ será exibido na mostra competitiva de três festivais na França, depois do sucesso de sua première na Berlinale, no mês passado. 

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O longa escrito e dirigido por Marcelo Botta, estará presente em todos os festivais em solo francês. A primeira exibição é já no próximo dia 17, no 36º Cinélatino, Rencontres de Toulouse - Cinémas d'Amérique Latine, que vai até 24 de março quando será entregue o Coup de Cœur para um dos doze filmes da competição.

‘Betânia’ conta com o apoio do Projeto Paradiso para participar do Cinelátino em Toulouse. Durante o festival, o diretor também apresentará, dentro do 19º "Cinéma en Développement”, o projeto do seu próximo longa “Bramaica”, filme em fase de roteiro que será rodado no Maranhão e na Jamaica.

Produzido pela Salvatore Filmes, em coprodução com o Canal Brasil, Betânia estará também na competição principal do 12º  Festival Ojoloco du Cinéma ibérique & latino-americain, entre 19 e 31 de março. O evento destaca a cultura ibérica e latino-americana, sendo realizado nas cidades de Grenoble e Isère, ambas na França. Além de Betânia, apenas mais sete filmes concorrem ao prêmio principal.

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Por fim, nesse mês ainda, ‘Betânia’ desembarca na capital francesa onde também compete no 26º  Festival du Cinéma Brésilien de Paris, que ocorre entre 26 de março e 04 de abril, e tem como foco as principais produções brasileiras ainda inéditas na Cidade Luz. 

Realizado no Maranhão, a narrativa de Betânia é dividida em duas épocas distintas, acompanhando a cheia e a seca dos Lençóis Maranhenses. O longa conta a história da parteira Betânia (Diana Mattos), nascida no povoado de mesmo nome. Após a perda de seu marido, ela busca na família, na comunidade e na batida ancestral do Bumba Meu Boi a força para recomeçar sua vida aos 65 anos de idade. 

Com um elenco composto exclusivamente de moradores e moradoras do Maranhão – inclusive os personagens franceses são interpretados por imigrantes que moram no estado nordestino –, Botta coloca na tela atores e atrizes estreantes que se revelam donos e donas de um talento nato. As atuações de tom naturalista renderam críticas muito positivas de veículos do mundo todo durante a Berlinale, incluindo a International Cinephile Society e Independent Cinema Office.

Além do Bumba Meu Boi, o filme traz muitos momentos musicais de Tambor de Crioula, Reggae Remix, entre outros gêneros maranhenses. A potência musical do filme também foi um ponto muito destacado em críticas com a de Luiz Carlos Merten e Carlos Alberto Mattos.

‘Betânia’, reflete Botta, talvez seja um filme sobre esse sentimento atual que paira sobre o mundo. “A duna que desvia o rio que destrói as casas do povoado nos leva a refletir sobre a tragédia climática que está batendo em nossas portas.”

Mas esse, também explica o cineasta, não é um filme pessimista, “Assim como as flores que surgem nos Lençóis na época da seca, Betânia e sua família renascem.” E, pelo visto, o cinema brasileiro também. 

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