Troca de Ideia

Lúcia Santos fala do novo livro, disco e parcerias musicais

Macabéa Desvairada, lançado no último dia 5 de dezembro, é o sexto livro da poeta maranhense, natural de Arari. Além do livro, veio à reboque o disco 'Eu Não Quero Prosa Se Não For Pra Tanto".

Pedro Sobrinho / Jornalista

Atualizada em 27/12/2024 às 21h50
A poeta maranhense, natural de Arari, Lúcia Santos. Foto: Divulgação (Divulgação/Google)

Ao participar do quadro TROCA DE IDEIA no PLUGADO NA MIRANTE FM, no último dia 18 de dezembro, a poeta e letrista de música popular Lúcia Santos falou do livro ‘Macabéa Desvairada’, o sexto de poemas da autora. A obra foi lançada no dia 5 de dezembro, em noite de autógrafos concorrida no Chico Discos.  Junto o livro Macabéa Desvairada veio à reboque o disco ‘Eu Não Quero Prosa Se Não For Pra Tanto’ (Saravá Discos, 2024).  que traz poesias musicadas de Lúcia Santos e parcerias amigas, e está disponível nas plataformas de streaming. O livro traz um QR Code que direciona para o álbum.

Maranhense de Arari, Lucia Santos tem cinco livros publicados, sendo Quinta Sinfonia (2019), lançado pela Sangre Editorial num projeto Brasil-Argentina), Nu Frontal Com Tarja (2016), Uma Gueixa Pra Bashô (2006), Batom Vermelho (1997) e Quase Azul Quanto Blue (1992).

Sobre o título do mais novo livro, segundo a maranhense, surgiu por acaso. “Macabéa, personagem de Clarice Lispector, do livro ‘A Hora da Estrela’, é uma nordestina que vai para o Rio de Janeiro, cheia de sonhos. Então, eu fiz um paralelo comigo, que sou nordestina, que fui para São Paulo, e daí veio também o desvairada como uma referência a ‘Pauliceia Desvairada’, do Mário de Andrade", disse a autora.

Lúcia Santos revela que gostou da sonoridade, mas que no momento que o título veio ela não havia pensado em todas essas coisas. "O título veio antes da explicação”, conta.

Poesia musicada e parcerias

Como letrista, Lúcia Santos tem parcerias musicais com artistas como Kleber Albuquerque, André Bedurê, Adolar Marin, Roberto Sampaio, Jorge Macau, Pedro Moreno, Tutuca, Kana do Brasil e Clarisse Grova, além do irmão, Zeca Baleiro, seu parceiro mais constante.

No álbum Ouve a minha voz [Cordeiro canta Baleiro], lançado em 29 de novembro deste ano, pela gravadora de Baleiro, Saravá Discos, com capa que expõe arte surrealista de Fabrini Crisci.

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Canção inédita feita para Cordeiro por Baleiro, em parceria com a irmã poeta Lúcia Santos, Sangro se escora no embate vocal grave-agudo de Cordeiro com Tetê Espíndola (cantora que guarda pássaros na garganta).

Gosto pela poesia que vem do berço

Caçulas, com uma diferença mínima de idade, Zeca e Lúcia cresceram juntos, numa relação mútua e intrínseca, um tanto mais distante dos outros irmãos um pouco mais velhos.

O mundo que girou entre os irmãos surtiu total impacto em suas veias artísticas. Ambos gostavam de ler, entre muitas memórias, viam a mãe cantar e o pai e o avô tocar violão e fazer teatro na pequena cidade de Arari.

Lúcia, logo, aos 11 anos, visitava a estante do seu pai para ler Machado de Assis. Começou a escrever alguns poemas para dedicar aos entes queridos. Prática que começou a levar a sério, aos 20 anos, quando a poesia tomou conta de si.

Foi morar em São Paulo, recebendo o incentivo do jornalista e poeta Celso Borges, deu início a sua trilha poética tal qual a pororoca de um rio amazônico, potente, orgânica, surpreendente, pela própria natureza.

Com os ciclos da vida e como diz Drummond: Enquanto no mundo tem gente pensando que sabe muito, eu apenas sinto. Muito. Ela voltou para São Luís, e quando não está com as palavras, pratica sua habilidade artística com as mãos, produzindo peças em crochê; ou está atendendo em seu brechó Boniteza, na Galeria Realce, Centro Histórico.

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