Troca de Ideia

Sandra Duailibe elogia Nonato Buzar e anuncia disco com Henrique Duailibe

Em entrevista ao Plugado, na Mirante FM, falou também da importância dos também maranhenses, Antenor Bogéa e Zé Américo Bastos, na história dela com a música. E prepara para este ano, o disco Na Terra, com canções de compositores maranhenses.

Pedro Sobrinho / Jornalista

Atualizada em 09/03/2023 às 11h11
Sandra Duailibe no Plugado, na Mirante FM. Foto: Elaile Carvalho (Elaile Carvalho)

Vivendo uma conexão geográfica entre São Luís, Belém, Rio de Janeiro e Brasília, SANDRA DUAILIBE é ludovicense, praticou piano clássico até seus 15 anos, no Conservatório Carlos Gomes. Em 1982, já tendo concluído a graduação em Odontologia, mudou-se para Brasília, mas foi em 2005 decidiu-se dedicar exclusivamente ao canto. Já são três CDs lançados, muitos shows realizados no Brasil e no exterior e várias participações em shows, CDs e DVDs de grandes artistas. Seu álbum de estreia, "Do princípio ao sem-fim" foi indicado a concorrer ao Grammy Latino em 2007.

Ao participar do TROCA DE IDEIA, no PLUGADO, na MIRANTE FM, nessa quinta-feira (23/2), SANDRA DUAILIBE fez elogios ao disco em que canta a obra do compositor maranhense NONATO BUZAR, já falecido. Destacou os também maranhense ANTENOR BOGÉA e ZÉ AMÉRICO BASTOS como as pessoas responsáveis pelo início da trajetória dela como cantora.

- Nonato Buzar é um super amigo que me acolheu imensamente quando eu cheguei no Rio de Janeiro. Fui apresentada a ele por outro grande amigo, Zé Américo Bastos, um dos responsáveis por eu ter seguido a carreira de cantora. Na verdade foi Antenor Bogéa que me colocou na roda quando ele gravou o ãlbum Peregrino, em 2004. O primeiro CD dele gravado no Brasil com duetos em que participei, juntamente, com Rita Benneditto, Simone Guimarães, Mariana de Moraes. Antenor me convidou para interpretar uma das canções com ele. No primeiro momento não aceitei, mas acabei cedendo e descobnri que havia um talento verdadeiro. Não era apenas a minha família, os meus amigos que queriam me ouvir. Havia um mundo lá fora que queria me ouvir e aplaudir verdadeiramente. Depois conheci Zé Américo e ficamos amigos. Ele ficou encantado com a minha arte, a minha interpretação. Foi ele que dirigiu e produziu o meu primeiro CD "Do Princípio ao Sem Fim", que concorreu ao Grammy Latino. Fiz os discos A Bossa No Tempo e Receita. E o quarto disco foi o Sandra Duailibe canta Nonato Buzar, também produzido por Zé Américo, que apresentou pra mim Nonato Buzar - explica. - O Nonato me considerava parente dele e chamava de prima. Me apaixonei pela obra de Nonato, o que me estimulou a fazer o disco. Além da beleza da obra dele, foi o registro e dar a ele o mérito que merece como um dos grandes compositores desse país, um maranhense. Nonato foi uma luz no meu caminho. Fizemos muitos shows - elogia.

Multimídia

Durante a conversa, SANDRA DUAILIBE falou do do programa Plurarte, em que ela entrevista artistas de diversos segmentos artísticos em seu canal no youtube, além de anunciar para este ano a gravação do disco "NA TERRA', em parceria com o pianista HENRIQUE DUAILIBE.

- Plurarte, é o plural da arte. Tenho maior xodó por essa programa. Em três anos de existência fiz mais de duzentas entrevistas com artistas dos mais diversos segmentos. Isto mostra a pluralidade das artes e as pluralidades dos artistas. Cada vez que eu entrevisto alguém fico mais impressionado como a arte perpassa a vida das pessoas. E através da arte que a gente se realiza, a gente se embeleza, a gente se emociona, a gente emociona o outro. E isso me encanta - ressalta. - Pretendo ainda este ano gravar o disco Da Terra, exclusivamente com canções de compositores maranhenses. Será um CD de voz e piano, com Henrique Duailibe, em que será disponibilizado nas plataformas de música para os ouvintes - anuncia.

Discografia

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SANDRA DUAILIBE Gravou participações nos CDs “Peregrino” (2004), de Antenor Bogéa, e “Amorágio” (2005), de Salgado Maranhão.

Lançou, em 2006, o CD “Do princípio ao sem-fim”, contendo as canções “Fruta mulher” (Vevé Calazans), “Bons momentos” (Marcio Proença e José Luiz Lopes), “Lua brasileira” (Fátima Guedes), “Doce presença” (Ivan lins e Vitor Martins), “Morro de saudade” (Gonzaquinha), “Epitáfio” (Sérgio Britto), “Foi com você” (Fhernanda e Luly Linhares), “A vida é uma canção” (Euler Vidigal e Lula Freire), “Refil” (Fhernanda e Sarah Benchimol), “Meiga presença” (Paulo Valdez e Octávio de Moraes), “Ressurgir” (Gilson Peranzzetta e Nelson Wellington), “Verdadeira estrada” (Antenor Bogéa e Simone Gumarães), “Mundo melhor” (Pixinguinha e Vinicius de Moraes) e a faixa-título (Zé Américo e Salgado Maranhão). Participaram do disco os músicos Zé Américo (arranjo, piano, teclados, samplers, harpa e oboé), Jorge Helder (baixo), Israel Dantas (violões e guitarra), Camilo Mariano (bateria), Papete (percussão), Zé Canuto (flautas e sax), Jessé Sadoc (flugelhorn e trompete), Bira Trombone (trombone) e Edinho Guimarães (cavaquinho), além de Gilson Peranzzetta (arranjos e pianos), Luís Alves (baixo), João Cortez (bateria) e Mauro Senise (sax e flauta). O CD concorreu ao Grammy Latino, no ano seguinte.

Ao longo da carreira, apresentou-se em diversos espaços, no Brasil e no exterior, incluindo França, Espanha e Grécia. Abriu o show de Milton Nascimento em 2011 no T-Bone, em Brasília, e dividiu o palco com vários artistas, entre os quais Nonato Buzar, Tibério Gaspar, Miúcha, Simone Guimarães, Socorro Lira, Zé Luíz Mazziotti, Claudia Telles, Fhernanda Fernandes e Miele.

Em 2008, lançou o CD “A bossa no tempo”, contendo sua canção “Onda do ar” (c/ Marcia Forte), entre outras.

Em 2010, participou do espetáculo “Brasília: 50 anos de música”, ao lado da Orquestra Filarmônica de Brasília.

A convite do Itamaraty, apresentou- se em Atenas em 2011. Neste mesmo ano, lançou o CD “Receita”. O disco contou com a participação do pianista Leandro Braga. No repertório, sua canção “Bolerar” (c/ Cassia Portugal e Marcia Forte), além de “Tatuagem” (Chico Buarque e Ruy Guerra), entre outras.

Em 2012, lançou, em parceria com Cely Curado, Márcia Tauil e Nathália Lima, o CD “Elas cantam Menescal”.

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