Cada pessoa que assiste Cura conecta-se com as suas dores, angústias e alegrias, diz Deborah Colker

A premiada coreógrafa e bailarina carioca, Deborah Colker está em busca da cura. O novo espetáculo começou a ser concebido em 2018, atravessou uma pandemia e pecorre o Brasil. Em São Luís, Cura será apresentado, neste fim de semana, com a assinatura de Guilherme Frota na produção, e faz parte da programação de encerramento da SEMANA MARANHENSE DE DANÇA.

Em entrevista ao jornalista Pedro Sobrinho, na noite dessa sexta-feira (10/11), no PLUGADO, na MIRANTE FM. Envolvida pela doença genética incurável de seu neto Théo, de 11 anos, estabelece uma diálogo que envolve fé, ciência, maternidade, aceitação, respeito, discriminação. Deborah faz questão de deixar claro que teve muito cuidado para não sofrer interferências da Pandemia da Covid em sua criação.

- O nome do espetáculo se revela pra mim em 2018. Depois teve uma pesquisa, uma busca, um contato, uma experiência. Eu fui a Moçambique, fui a Bahia, fui buscando histórias, fui me conectando, fui buscando cantos, textos. Eu tive que entrar no mundo da doença. Quando você fala cura você tem que falar de doença. Fui buscar a imobilidade. Fiz uma ponte entre a fé e a ciência. E o que percebo viajando e fazendo este espetáculo, que teve essa coincidência com a Pandemia, que cada público, cada pessoa que vai assistir faz o seu espetáculo. Conecta as suas dores, as suas ausências, as suas alegrias. É muito bom ver isso. O público escolhe como ele se relaciona, a particularidade, a singularidade dele com aquela experiência que ele está vivenciando. Esta conexão com a dor e este momento que estamos vivendo tão difícil, o espetáculo é de cada um e eu gosto disso - enfatiza.

Para levar essa conversa para o palco, Deborah Colker estabeleceu parcerias potentes como com o rabino e escritor Nilton Bonder, responsável pela dramaturgia, e Carlinhos Brown na concepção musical.

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Em cartaz

O espetáculo 'CURA' será apresentado neste sábado (11/12) às 21h e domingo (12/12), às 19h, no TEATRO ARTUR AZEVEDO, na rua do Sol, Centro Histórico da Capital Maranhense.

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