Música & LIteratura

Celso Borges mostra repertório cheio de Tropicalismo e declama poesia em livro que revisita a Contracultura

O jornalista e poeta maranhense participou da terceira edição do quadro Terra Alternativa, no Plugado, na Mirante FM, em que destacou o livro Transas da Contracultura Brasileira, disponível para download gratuito.

Pedro Sobrinho/Jornalista

Atualizada em 27/03/2022 às 10h56

O livro "Transas da Contracultura Brasileira", organizado por Isis Rost e Patrícia Marcondes de Barros, disponível para download gratuito, no blog da editora Passagens (editorapassagens.blogspot.com).

Celso Borges: jornalista e poeta marcando presença no livro Transas da Contracultura Brasileira. Foto: Divulgação

A obra abre com um poema de Celso Borges anunciando os ingredientes e o sabor do caldeirão da contracultura, declamado, no último domingo (3/8), no quadro TERRA ALTERNATIVA, no Plugado, na Mirante FM. Celso apresentou um repertório, de seis músicas, baseado no e-book "Transas da Contracultura Brasileira. Entre os artistas e músicas escolhidas pelo jornalista e poeta maranhense estão: MUTANTES com PANIS ET CIRCENSES; JARDS MACALÉ com MAL SECRETO; WALTER FRANCO com MISTURAÇÃO; GAL COSTA com MEU NOME É GAL; JORGE MAUTNER com QUERO SER LOCOMOTIVA; e CAETANO VELOSO com PROIBIDO PROIBIR.

Capa do Livro com coordenação editoral de Flávio Reis

Transas da Contracultura Brasileira reúne artigos, poemas, entrevistas, depoimentos e ensaios. Traz nomes como Chacal, Jards Macalé, Luiz Carlos Maciel, Aba Cristina César e os maranhenses Murilo Santos e César Teixeira, além de pesquisadores de diferentes locais do país.

O encontro de duas pesquisadoras ligadas na efervescência cultural dos anos 1960 e 1970, Isis Rost, gaúcha radicada em São Luís, e Patrícia Marcondes de Barros, paulistana que vive atualmente em Londrina, resultou em vasto material, que alinha entrevistas e depoimentos de personagens expressivas daqueles anos – tempos de explosão criativa, transformações comportamentais profundas e também de muita repressão política – com textos de pesquisa.

- É um passeio por nomes da literatura, do jornalismo alternativo, da música, das artes cênicas e do audiovisual, quase sempre mais próximos do lado B e da experimentação, numa linguagem direta, sem os excessos teóricos e insossos dos textos acadêmicos - afirma o professor universitário Flávio Reis, que responde pela coordenação editorial do projeto.

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Narrativas variadas

Na primeira parte, temos entrevistas e depoimentos de Luiz Carlos Maciel, Ricardo Chacal, Jards Macalé, Helena Ignez, ao lado dos maranhenses Cesar Teixeira e Murilo Santos, integrantes da primeira turma do Laborarte, e de Edmar Oliveira, participante da cena que se desenvolvia em Teresina, além de uma entrevista realizada por Joca ReinersTerron com Régis Bonvicino sobre Walter Franco.

A segunda parte reúne pesquisadores e colaboradores de diferentes cidades como Teresina, São Luís, Londrina, Rio de Janeiro e São Paulo. Os textos enfocam aspectos diversos da efervescência cultural entre os anos 1960 e 1980, da Tropicália ao movimento Punk, nas áreas de poesia, música, cinema, imprensa alternativa e teatro. Entre os poetas convidados, Celso Borges, Cesar Carvalho e Durvalino Couto Filho.

- A concepção gráfica do projeto se aproxima do universo das publicações alternativas, ponto em comum entre eu e Patrícia, que conheci em 2018. Desde o ano passado existia a urgência de um projeto que resgatasse, neste período sufocante que atravessamos, os elementos transgressores da contracultura. O livro teve seu pontapé inicial quando nos encontramos pessoalmente pela primeira vez no Rio de Janeiro, em fevereiro, já no dia da entrevista com Chacal - afirma Isis Rost, que assina o projeto gráfico e a diagramação de Transas da Contracultura Brasileira”.

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