"Construi uma musicalidade muito ciente do papel cidadão, sem perder a essência do lugar que nasci", diz Josias Sobrinho
O cantor e compositor maranhense também comentou sobre o flerte com a tecnologia, internet, da sua rádio Web voltada para a cadeia produtiva da música maranhense, além de opinar sobre o cancelamento do São João.
De Cajari para o Mundo. Assim o cantor e compositor Josias Sobrinho mostra a que veio. Em entrevista ao Plugado, no último domingo (7/6), o músico relata o início da sua chegada em São Luís, no ano de 1965, e toda a sua trajetória até aqui.
Durante o bate-papo, intercalado com três músicas de autoria dele, também comentou sobre o flerte com a tecnologia, a internet, da sua rádio Web voltada para a cadeia produtiva da música maranhense, além de concordar com a não realização da edição 2020 do São João devido à Pandemia da Covid-19, mas mostrou sua preocupação com situação finamceira, a vulnerabilidade social dos mestres e mestras que integram o universo da festa e contribuem para a Economia do Estado
Ele surpreendeu ao apresentar uma gravação de "ENGENHO DE FLORES", nas vozes de Pena Branca e Xavantinho. Entre outros nomes diversos que interpretaram músicas compostas Josias, também, citam-se: Máquina de Descascar Alho, Betto Pereira, Alcione, Diana Pequeno, Flávia Bittencourt, Márcia Castro, Paula Santoro, grupo Argumento, Xuxa, Rita Benneditto, Ceumar e Pedro Araújo,
Perfil
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Estrela de primeira grandeza da Música Popular Brasileira, nascida na efervescência cultural que mexeu com São Luís na segunda metade dos anos 70, apesar da ditadura – foi um dos criadores do Laborarte, por exemplo -, dono de uma obra vasta, com muitas gravadas por inúmeros intérpretes, Josias Sobrinho vem brindando o Maranhão e o Brasil com uma música genialmente original e enraizada no que há de mais autêntico e mais puro no rico universo da cultura popular.
Aparentemente introspectivo, Josias compõe música com o "rumo voltado pra dentro e aberto pro mundo todinho".
- Desde que embarquei na lancha Santa Lúcia em frente da minha casa em Cajari, na rampa do Maracu, até aqui e agora eu vejo um rio de muitas águas corridas, onde ao passar do tempo foi possível eu construir e significar uma musicalidade muito ciente do seu papel cidadão cultural do mundo, sem perder a essência das cantigas, dos tambores lá do Tambaúba, onde eu nasci e fiquei até os seis anos de idade. Depois mudei para Penalva em que fiz as minhas primeiras letras, depois mudamos para Cajari, onde morei definitivamente. Até hoje temos casa lá. Depois resolvi morar em São Luís. Este é o universo da minha infância, que me impregnou significados musicais. São com estas impressões que me coloco no mundo como compositor, como poeta, como pensador da vida, da humanidade, da cultura - define.
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