Tal Pai ! Tal Filho !

"Vejo o reggae como um chamado por ser filho de uma mãe maranhense e um pai de banda reggae", diz Pedro Beydoun

Filho de Fauzy Beydoun, da Tribo de Jah, o cantor e compositor, radicado em São Paulo, fala da dificuldade enfrentada para artistas que vivem do gênero reggae no país. Ele define como um desafio dobrado.

Pedro Sobrinho/Jornalista

Atualizada em 27/03/2022 às 10h56
Pedro Beydoun em bate-papo na Mirante FM (Pedro Beydoun)

O cantor e compositor Pedro Beydoun, filho de Fauzy Beydoun, líder e vocalista da Tribo de Jah, participou da edição do Plugado, desse domingo (31/5), na Mirante FM. Entre alguns dos questionamentos feitos ao músico, o jornalista comentou sobre o desafio de fazer música no Brasil e como ele enxergava o mercado para o reggae na atual conjuntura, Pedro definiu como um desafio dobrado viver como artista do gênero no país.

- Fazer música no Brasil é um desafio, fazer reggae no país é um desafio dobrado. A gente vê atualmente muitas bandas que estão na mídia fazendo alguns ritmos que remetem muito ao reggae: sertanejo meio reggae, música pop meio reggae. Mas, as bandas de reggae mesmo ficam um pouco de fora. Talvez, porque o reggae seja um gênero que vem do gueto, marginalizado. Também tem o lado que devemos falar. Às vezes os artistas, produtoras, enfim, não se articulam tão bem como movimento, às vezes falta união. Agora, como falei antes, tem haver do reggae ser marginalizado, está fora dos holofotes dos grandes eventos, quando tinham, pois agora está tudo paralisado. Sei que é desafio, você tem que amar muito fazer reggae, porque nem sempre traz ao artista do gênero um retorno financeiro. Tem que gostar de verdade, tem que amar. É um desafio diário. Se você tiver no reggae pra se divertir, ou pra achar pensando como uma perspectica de carreira solo você não aguenta os perrengues, tem que amar o que faz - comenta.

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O seu habitat natural é São Paulo, porém Pedro Beydoun bebe na fonte do reggae genuínamente maranhense, influenciado pelo pai Fauzy Beydoun e da mãe maranhense.

- Sobre o meu pai ter influenciado por ele ser cantor de reggae, com certeza. Ouço reggae desde quando estava na barriga da minha mãe. É uma coisa muito presente na vida. O meu trabalho solo tem influências de outros gêneros, como, hip hop, música brasileira. Tem uma veia de reggae muito forte. Gosto muito dessas misturas de ritmos. Você pega a Tribo de Jah, tem música com bumba meu boi, samba, um pouco de hip hop, música nordestina. Eu vejo o reggae como um chamado. Tenho um motivo, enfim, por ter caído numa família onde o reggae é tão presente a minha mãe é maranhense, o meu pai de banda de reggae. Então, eu encarei como um chamado que me influencia bastante - assegura.

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