SÃO PAULO - Falcão, com troféu de melhor do mundo, ao lado de Ronaldinho Gaúcho e Marta
Dias depois de ser eleito o melhor jogador de futsal do mundo pela Fifa, o ala Falcão voltou a criticar seu companheiro de seleção brasileira Manoel Tobias.
Os problemas de relacionamento no elenco foram apontados pelos jogadores como um dos fatores que levaram a equipe a terminar na terceira colocação no Mundial de Taiwan, a pior campanha da história.
"O grupo não estava muito unido. Fora da quadra não precisa ter amizade, mas a partir do momento que você está jogando, tem que ter um objetivo só. Mostro o lado do fininho, que não estava jogando mas estava lá, torcendo, ajudando. Já o Manoel Tobias, não. Estava no banco e pensava apenas nele", disse Falcão, à rádio "Jovem Pan".
"Eu não tenho nada contra ele, mas o que acontece partiu dele. Jogamos juntos em 1999, no Atlético-MG. Eu era um moleque, abusava mesmo, e a torcida me adorava. Depois disso, nunca mais jogamos juntos em time nenhum. Em todas os clubes que ele está, ele veta a minha contratação. Hoje sou o melhor do mundo, mas se aparecer alguém melhor, vou querer esse cara jogando do meu lado", completou.
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Falcão revelou que já tentou falar com Manoel Tobias para resolver o problema de relacionamento entre eles, mas nunca conseguiu. "Eu tentei conversar, mas ele não olha na minha cara, faz de conta que não ouve, mas todo mundo sabe. Eu queria estar em um programa e falar com ele frente a frente. Isso me deixa muito chateado."
No entanto, dentro de quadra, Falcão elogiou a habilidade de Manoel Tobias. "Isso é indiscutível. Ele é talvez o maior nome da história do futsal mundial."
Há pelo menos três temporadas, Falcão vinha sendo apontado como um dos grandes nomes do futsal mundial. A escolha de melhor do mundo pela Fifa coroou o trabalho do jogador. "Acho que foi o ano da afirmação. Hoje, realmente posso dizer que sou o melhor jogador de futsal do mundo porque fui escolhido pela Fifa. Estou muito feliz, é uma coisa inexplicável."
O ala aproveitou para rebater as críticas de que sua maneira de atuar é pouco produtiva e mais um "show". "Eu sempre invento e ponho em prática. Não adianta fazer malabarismo e não sair nada, tem que fazer gol. Minhas últimas jogadas bonitas sempre terminaram em gols", finalizou.
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