Conheça os carros mais vendidos de 2022
Enquanto 208, City e Tracker surpreenderam pelas boas vendas, Compass, Renegade e Toro tiveram redução de volume. Confira o ranking.
BRASIL - No fechamento de 2022, os modelos mais vendidos mantiveram as expectativas de outros meses, sem grandes mudanças de posições.
Fora a lista dos dez mais, alguns modelos se destacaram. Caso do Peugeot 208 que teve seus emplacamentos disparados de 16.342 para 29.918 unidades (2021 para 2022).
Ao tirar de linha o Fit, com 7.138 vendidos em 2021, a Honda sorri ao ver seu substituto City Hatchback emplacar 16.115 unidades.
Entre os SUVs, destaque ao Tracker e T-Cross, com avanço de vendas, enquanto os Jeep Compass e Renegade recuaram seus volumes.
Já a picape Fiat Toro perdeu o fôlego: seus emplacamentos despencaram de 70.890 (2021) para 49.567 unidades (2022). E isso porque nem a Chevrolet Montana, sua maior ameaça, foi lançada ainda.
Ranking dos 10 veículos mais vendidos em 2022 no Brasil
Modelo Unidades
1º Fiat Strada | 112.456 |
2º Hyundai HB20 | 96.255 |
3º Chevrolet Onix | 85.252 |
4º Chevrolet Onix Plus | 75.243 |
5º Fiat Mobi | 72.756 |
6º Volkswagen Gol | 72.606 |
7º Chevrolet Tracker | 70.806 |
8º Volkswagen T-Cross | 65.341 |
9º Fiat Argo | 64.016 |
10º Jeep Compass | 63.564 |
Fonte: Fenabrave
Ram apresenta sua primeira picape elétrica
Pela primeira vez, a Ram terá uma picape elétrica. O protótipo foi apresentado em Las Vegas (EUA), durante a CES 2023, maior feira de tecnologia do planeta.
A 1500 Revolution ainda é um conceito, e por isso a Ram nem divulgou todo seu potencial. Apenas que sua bateria de até 200 kWh, em uma recarga de 10 minutos é suficiente para que ela tenha autonomia de 160 km.
Um pouco maior que sua similar a combustão, a picape é equipada com portas tipo suicida, que abrem de forma oposta. Tem nível 3 de sistemas autônomos e um imenso multimídia de 28”. Por fora, o design futurista conta com rodas de 24”. A previsão para chegar às lojas é em 2024.
Balanço 2022: vendas caem e produção retoma fôlego
O mercado brasileiro teve um resultado pífio no setor automotivo em 2022. Segundo dados da Anfavea, as vendas ficaram “estáveis” em -0,7% no ano passado em relação a 2021.
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Foram 2.104.461 unidades de autoveículos no total (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus nacionais e importados) emplacados em 2022 contra 2.119.851 de 2021.
Só não foi pior pelas boas vendas de ônibus (alta de 23,4%) e um pequeno avanço com carros (1,2%). As maiores quedas ficaram com os comerciais leves (-8,3%) e caminhões (-1,6%).
Enquanto o mercado interno decepcionou, a produção de autoveículos foi positiva em 5,4%, apoiada pelos bons resultados em exportações (27,8%).
Em um ano difícil com frequentes paradas de fábricas por falta de componentes, entraves nas importações também por conta de escassez de peças e mercado afetado pelos altos juros, o quase empate é visto com otimismo ao avaliar o restante do mundo: o Brasil teve recuo de emplacamentos menor que outros países e só perdeu, em porcentagem, para China (1,7%) e Alemanha (1,1%).
Outros mercados tiveram queda de vendas mais expressivas, como EUA (-7,6%), Japão (-5,6%) e França (-7,8%).
Perspectivas para 2023
As projeções da Anfavea para o ano que inicia é que o mercado avance 3%. O presidente da entidade, Marcio de Lima Leite, contudo, ressalta que é um índice conservador. Culpa dos altos juros, que fazem o CDC bater a casa dos 30% ao ano.
No segmento de leves, a alta deve ficar em 4,1% enquanto para os pesados, a Anfavea estima um recuo de -11%, em função da entrada em vigor da legislação de emissões Euro 6, que encarece os preços de 15 a 20%.
Melhores condições de crédito e redução de IOF, que é um imposto regulatório e por isso pode ser mexido, seriam algumas das soluções para ampliar a demanda por veículos leves.
Concessionários preveem empate
A federação que representa as concessionárias, a Fenabrave, projeta um empate nas vendas de veículos novos em 2023: 0,1%.
Os melhores resultados são esperados para os emplacamentos de motocicletas, com previsão de alta de 9%. Ainda assim, um crescimento aquém do que foi conquistado pelo segmento de duas rodas, que encerrou 2022 com avanço de 17,7% sobre 2021.
*Lucia Camargo Nunes é economista e jornalista especializada no setor automotivo, editora do portal www.viadigital.com.br. E-mail: lucia@viadigital.com.br
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