Coronavírus

Pandemia do coronavírus provoca mudanças no vôlei

Superliga não terá presença de público e Liga das Nações foi adiada.

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h08
Confederação Brasileira de Vôlei anunciou alteração por causa do coronavírus. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

RIO DE JANEIRO - Seguindo recomendações das autoridades de saúde do Brasil e do mundo, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) anunciou na noite desta sexta (13) que todas as partidas das Superligas masculina e feminina e da Superliga B (a segunda divisão nacional) serão disputadas com os portões fechadas. A medida atinge inclusive as primeiras partidas da série melhor de três jogos das quartas de final da Superliga feminina, que começam neste sábado (14). Na Europa, alguns jogos da Champions League de vôlei já haviam sido cancelados, especialmente por causa dos times italianos, que foram proibidos de treinar e de deixar a Itália. Por lá, o campeonato nacional parou. Na Turquia as partidas não terão presença do público.

Também por causa da pandemia de coronavírus, a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) decidiu adiar a Liga das Nações 2020, prevista para começar em maio, para depois dos Jogos Olímpicos de Tóquio. A FIVB ainda não definiu uma nova data para a competição. No caso do vôlei de praia, por causa do calendário, a federação disse que está analisando a situação de cada competição. Nos últimos dias houve torneios adiados, cancelados e mantidos.

A essa altura, com praticamente todos os grandes eventos esportivos do mundo sendo cancelados ou suspensos dia após dia, o adiamento dos Jogos Olímpicos parece questão de tempo. Nos últimos dias houve quem falasse até em cancelamento da Olimpíada. Mas o Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Comitê Organizador dos Jogos ainda mantêm o discurso de normalidade, ressaltando que seguirá as recomendações da Organização Mundial da Saúde. A nota emitida pela FIVB não trata de Tóquio 2020.

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Preparação para os Jogos afetada

Além dos transtornos que o coronavírus já causa na vida de clubes, atletas, técnicos e seleções ao redor do mundo (como restrições de treinamentos e suspensão de jogos), a preparação olímpica seria atingida em cheio pelo adiamento da Liga das Nações. Apesar de extremamente desgastante pelo formato, são cinco semanas de uma verdadeira volta ao mundo, o torneio se tornou o principal laboratório para os Jogos. Afinal, ali é a oportunidade de enfrentar concorrentes diretos na briga pelo ouro olímpico e dar rodagem à equipe.

No caso de seleções que já têm uma base bem definida, a ausência do torneio será menos sentida. É o caso da seleção brasileira masculina, comandada por Renan Dal Zotto. O maior problema é para as equipes que ainda buscam a formação ideal, caso da seleção feminina de José Roberto Guimarães. Faltando pouco tempo para Tóquio, o treinador teve poucas oportunidades de ver em quadra o chamado time ideal para a disputa olímpica. Em 2019, a situação foi ainda pior, com os sucessivos pedidos de dispensa de jogadoras selecionáveis. Com o adiamento da Liga das Nações, Zé Roberto terá que buscar outras maneiras de ajustar a seleção para tentar o tricampeonato olímpico no Japão.

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