Entrevista exclusiva

Novo técnico do MV traça caminho para vitórias: "falta acreditar"

Em entrevista exclusiva, Paulo Barreto comenta sobre seus desafios à frente do MV.

Paulo de Tarso Jr./Imirante Esporte

Atualizada em 27/03/2022 às 11h46
(Paulo de Tarso Jr./Imirante Esporte)

SÃO LUÍS – O Maranhão Vôlei está de técnico novo para ir em busca das tão sonhadas vitórias na Superliga Feminina. Paulo Barreto chegou à equipe e já comandou o time contra o Rio de Janeiro na última sexta-feira (23). Nesta terça-feira (27), será o primeiro encontro do técnico com o torcedor maranhense. O MV enfrenta o lanterna São José precisando vencer a todo custo.

E o Imirante Esporte conversou com Paulo Barreto sobre os objetivos por ele para a equipe maranhense para a sequência da Superliga. Com uma carreira construída em Portugal, onde teve cinco títulos nacionais e quatro títulos da Taça de Portugal, Barreto sabe que terá uma missão complicada em recuperar o MV após tantos insucessos.

Um dos objetivos do técnico é resgatar a alegria da equipe e conseguir tirar o time das últimas colocações evitando, assim, um rebaixamento para a Superliga B. Confira, abaixo, a entrevista completa.

IMIRANTE ESPORTE: O que motivou a aceitar o desafio de assumir o Maranhão Vôlei em momento ruim da equipe?

PAULO BARRETO: Em primeiro lugar, o que me motivou foi o fato de ser um campeonato forte, de ser o melhor campeonato do mundo e também o elenco que a gente tem aqui. Apesar de não viver um bom momento, todos têm consciência disso, mas a grande motivação é porque é um grupo trabalhador e acho que qualquer técnico se sente feliz e gostaria de ter um grupo que não tem problema em trabalhar, tem uma pegada. Agora, evidente que já tem um certo massacre emocional pelo fato de perder tanto. O primeiro passo agora tem sido a recuperação mental da equipe, a parte psicológica.

IE: No papel, o elenco do Maranhão Vôlei desta temporada é superior ao da passada. Mas o que falta neste time? Falta o time acreditar que seja possível vencer ou é falta experiência nos momentos decisivos?

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PB: A equipe realizou bons jogos e poderia ter ganho alguns deles ou talvez todos. No meu ponto de vista, acho que falta acreditar um pouco mais em si próprio. Acho que passa muito por esta questão. Evidente que temos consciência de que jogamos contra adversários difíceis. Com certeza, se tivessem vencido esses bons jogos, o pensamento e a cabeça seriam outros, mas, infelizmente, não foi assim. Agora, neste momento, passa exatamente por isso: acreditar nas próprias capacidades. É isso que eu tenho falado com elas. É um elenco que tem jogadoras que têm certa bagagem e, consequentemente, isso já assume uma maior responsabilidade. Tudo o que ficou para trás, a gente está tentando utilizar de uma maneira positiva. Para mim, o Maranhão Vôlei foi do Rio de Janeiro para cá. Precisamos de uma vitória. Uma vitória vai trazer muito mais confiança a todo o grupo.

IE: Você fez sua carreira no vôlei português. O que você traz de Portugal que pode ajudar o Maranhão Vôlei?

PB: Eu espero que, com essa experiência que eu tive em Portugal, trazer para a equipe este fator motivacional. O sacrifício é preciso para você chegar aos objetivos. A entrega que é preciso fazer. Pensar no grupo em primeiro lugar. A minha filosofia de trabalho sempre foi essa: o grupo sempre está em primeiro lugar. E o que for importante para o grupo, nós temos que fazer, mesmo que isso vá sacrificar o eu, vá sacrificar pessoalmente, mas temos que fazer. Somente assim é possível chegar a algum resultado. E eu espero passar isso para o grupo neste curto período de tempo.

IE: Qual seu objetivo nesta reta final da Superliga? É possível ainda sonhar em chegar nos playoffs ou para você isso não dá?

PB: O que imagino e o que eu passei para o grupo é que pensemos jogo a jogo. Evidente que o grupo tinha um objetivo inicial. Classificar entre os oito é muito difícil porque temos uma diferença para o oitavo colocado de 15 pontos. É muito difícil porque a gente, além de ganhar vários jogos de até adversários favoritos, a gente ainda depende dos outros para que consiga chegar. O grande objetivo agora é a permanência na Superliga. Temos que subir, pelo menos, duas posições na tabela. Este é o grande objetivo, mas eu gosto de trabalhar com objetivos mais curtos. O primeiro é readquirir a alegria de jogar e ser uma equipe vibrante em busca da vitória. Isso é o mais importante. E, depois, é a vitória. Todo mundo trabalha para isso e que é o grande fator motivacional para qualquer atleta em qualquer competição.

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