PORTO ALEGRE - Já nos acréscimos da partida desta quinta-feira, entre Grêmio e Santos, em Porto Alegre, a torcida gaúcha, passou a insultar o goleiro Aranha de forma absurda. Com o placar de 2 a 0 para os paulistas, muitos torcedores que estavam atrás do gol defendido pelo camisa 1 do alvinegro, setor destinado às organizadas, passaram a gritar a ofender o jogador com gritos racistas e imitar macacos.
Irritado, o goleiro respondeu e chamou a arbitragem, que não tomou nenhuma atitude e mandou o jogo seguir. Após o apito final, transtornado, o goleiro deu entrevista na beira do campo.
“A torcida xingar, pegar no pé, é normal. Nesse sentido: 'bando de preto', 'cambada de preto'. Mas quando começaram a fazer corinho de 'macaco'... foi muito rápido, eu falei para o câmera que estava ali: ‘filma lá’, e o cara não filmava. Eu fico nervoso mesmo, desculpa, mas eu fico 'puto' mesmo. Mas felizmente não aconteceu nada de mais grave”, disse Aranha, bastante chateado. “Dói, dói, cara. Dói”.
O goleiro explicou também porque retrucou as ofensas e disse que foi mal interpretado pelo árbitro da partida.
“Ele (o árbitro) veio falar que eu estava provocando a torcida. Quando me chamaram de macaco, de preto, bati no braço e disse que sou preto, sim”, revelou Aranha, lembrando que o fato acontece com frequência no Sul. “Não são todos, mas sempre tem um racista. Está dado o recado para ficarem espertos para a próxima partida”.
Mesmo revoltado, o experiente jogador de 34 garante que não vai se abater para os próximos compromissos do Peixe. “Eles usam várias maneiras para desestabilizar o jogador, mas já não sou mais novato, não vou deixar de jogar meu futebol por causa de torcedor”, encerrou.
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