Vitória da Beija-Flor no Carnaval do Rio ajuda a divulgar causa quilombola

Ministério do Desenvovimento Agrário

Atualizada em 27/03/2022 às 14h06

RIO - A vitória da Beija-Flor, escola de samba do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro, contribui para a divulgação da causa quilombola. Essa é a opinião do coordenador-geral de Regularização de Territórios Quilombolas do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rui Leandro Santos. A homenagem feita no desfile ajudou a informar a população sobre os direitos e a riqueza cultural das milhares de comunidades remanescentes de quilombos hoje espalhadas pelo País.

De acordo com Santos, a vitória da Beija-Flor é também uma conquista dessas comunidades. “É importante uma vitória deste naipe para a causa quilombola, pois chama a atenção da população em geral para a problemática que envolve o reconhecimento da riqueza afro-descendente para a cultura brasileira. Dá ainda destaque à questão agrária e de regularização fundiária das milhares de comunidades quilombolas do Brasil, um direito que o Incra e o Governo Federal – através da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e o Programa Brasil Quilombola – buscam de todas as formas assegurar”, afirma ele.

Santos disse, ainda, que ele e outros representantes o Incra estiveram antes do Carnaval no barracão da Beija-Flor para conhecer detalhes do enredo e fantasias que citavam ou faziam referência às comunidades quilombolas. “Estivemos na escola, conversamos com integrantes e esclarecemos dúvidas sobre a nossa atuação nas comunidades. Apresentamos detalhes sobre a política do Governo Federal para os quilombolas e informamos que nossa atuação está fazendo com que sejam recuperados os direitos dos afro-descendentes negligenciados por séculos no Brasil”, conta ele.

Três escolas destacaram o tema

A escola de samba Beija-Flor homenageou as comunidades remanescentes de quilombos no Brasil em seu samba-enredo e fantasias no Carnaval do Rio. O enredo da escola foi Áfricas: do Berço Real à Corte Brasiliana, que apresentou as divindades africanas e a resistência à escravidão representada pelos quilombos. A letra do samba cita a comunidade quilombola Pedra do Sal, que está em processo de regularização fundiária pelo Incra no Rio de Janeiro. Foram homenageados em fantasias as comunidades quilombolas da Ilha de Marambaia, também no Rio, Kalunga, de Goiás, e de Casca, no Rio Grande do Sul.

Outras duas escolas do Rio de Janeiro – Porto da Pedra e Salgueiro – tinham em seus samba-enredo e fantasias importantes menções ao continente africano, seus remanescentes e suas riquezas culturais. Na avaliação feita por Santos, as três escolas, de diferentes formas, contribuíram para a causa quilombola ao divulgarem as peculiaridades do povo negro no Brasil e no mundo.

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