RIO DE JANEIRO - Ativistas de movimentos gays do Rio protestaram neste sábado (17) contra a ameaça de violência durante o carnaval de grupos anti-homossexuais na praia de Ipanema, na Zona Sul do Rio. Os gays estenderam uma bandeira de 124 metros com as cores do arco-íris na Avenida Vieira Souto, na esquina com a Rua Farme de Amoedo, ponto de encontro dos homossexuais no bairro.
Foi distribuída ainda uma carta-aberta em que os gays repudiam as denúncias nos últimos dias de que pessoas contra os homossexuais, principalmente um grupo intitulado de "Farmeganistão", estariam preparando uma reação violenta à presença deles nas praias de Ipanema.
O documento cobra do governo do Rio resposta a essas supostas ameaças e pede liberdade. “Estamos vivenciando um clico vicioso: agressão homofóbica, denúncia, esquecimento, nova agressão, nova denúncia e velho esquecimento. Está na hora de transformar esse ciclo vicioso num ciclo virtuoso onde o direito de todos seja respeitado e garantido, não importando sua orientação sexual", diz trecho da carta.
O texto ainda critica a atitude dos grupos anti-gays de criarem uma faixa na praia de Ipanema exclusiva aos homossexuais. Coordenador político do grupo gay Arco-Íris, Cláudio Nascimento, ficou com a tarefa de discursar aos que passavam pelo local.
"O que queremos com essa manifestação é dar visibilidade ao que está acontecendo em Ipanema. Precisamos denunciar isso para a sociedade. Não dá para aceitar a intolerância num bairro tão democrático como Ipanema", disse. Ao todo, cerca de cem pessoas participaram da manifestação, que durou uma hora e meia.
Para evitar agressões no carnaval, entidades gays do Rio reuniram-se durante a semana com o secretário de Segurança do estado, José Mariano Beltrame, e representantes da Polícia Militar para garantir a paz em Ipanema nesses dias.
As entidades gays pedem um plano emergencial de policiamento ostensivo nas áreas de freqüência homossexual neste carnaval, além de sugerir a criação de uma comissão especial pela secretaria de Segurança Pública para discutir a homofobia no Rio de Janeiro.
Informações do G1
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