IMPERATRIZ - Desde o início da pandemia, com o crescimento dos casos da covid-19, uma reorganização na rede privada de saúde de Imperatriz deixou dois hospitais particulares da cidade exclusivos para atendimento de pacientes com sintomas da doença, seja por meio de plano de saúde ou por demanda particular direta. Esta semana eles atingiram 100% de ocupação nos leitos de UTI, já havia 10 leitos em cada hospital e em um deles a direção abriu mais 5 de terapia intensiva que também foram rapidamente ocupados.

“Eu tive que montar mais cinco pra atender a demanda e hoje tô com 150% de ocupação, sem vaga, infelizmente”, disse o diretor administrativo André Bastos.

O Hospital Unimed anunciou hoje a suspensão das cirurgias eletivas a partir desta sexta-feira (05), “para que todas as ações sejam concentradas na oferta de leitos aos pacientes portadores da covid-19 e demais urgências”, de acordo com o presidente da unidade, Irisnaldo Félix.

A procura aumentou consideravelmente desde o mês de fevereiro e há fila de espera até para as internações em leitos clínicos no Hospital Santa Mônica. “A UTI está cheia, 100%, as enfermarias estão 100% e temos pacientes no pronto socorro esperando vaga para internação, com até 100 atendimentos por dia”, relatou o diretor clínico André Pagotto.

Os dois hospitais particulares estão tendo dificuldade na manutenção do quadro de funcionários porque muitos se afastaram por contrair a covid-19 e outros por serem dos grupos de risco e registram também a dificuldade de adquirir insumos como máscara de oxigênio, pulmões artificiais e até antibióticos, por causa da grande procura em todo o país.

De acordo com o último boletim da Secretaria de Estado da Saúde divulgado nesta quinta-feira (04), mais uma vez Imperatriz ultrapassa a capital em número de novos casos, são 121 enquanto a ilha de São Luís registra 118, e Imperatriz notificou mais 5 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas.

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