Em Imperatriz

Vítima de feminicídio em Imperatriz havia pedido revogação de medida protetiva

Gleyciane da Mota Bandeira foi assassinada a tiros; o suspeito é o ex-marido.

Angra Nascimento/Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h06
Assassinato de irmãs chocou a população de Imperatriz.
Assassinato de irmãs chocou a população de Imperatriz. (Foto: Arquivo Pessoal)

IMPERATRIZ – Vítima de um bárbaro feminicídio nesse domingo (30), em Imperatriz, a cabeleireira Gleyciane da Mota Bandeira, havia pedido medida protetiva, após várias ameaças do ex-companheiro, identificado apenas pelo nome de Alan, que não se conformava com o fim do casamento. No dia 27 de maio deste ano, porém, ela pediu revogação da medida, e o processo foi extinto em 26 de junho.

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Gleyciane da Mota Bandeira foi assassinada na tarde de ontem, dentro de sua casa no bairro Santa Rita. O suspeito é o ex-marido que, armado, invadiu a residência e efetuou vários disparos contra a ex-mulher. Uma irmã dela, Dayane da Mota Bandeira Oliveira, que estava no local, também foi assassinada. Após atirar contra as duas mulheres, o suspeito cometeu suicídio. O crime chocou a população de Imperatriz.

Em nota, a Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar informou que a medida protetiva havia sido extinta a pedido da vítima. Informou, ainda, que nunca recebeu a solicitação do acompanhamento do caso em específico. Veja a nota na íntegra:

Tivemos agora a pouco a informação de dois feminicídios e um suicídio (do autor) no bairro Santa Rita, em virtude da não aceitação de uma separação do casal. Fato esse lastimável, uma das vítimas, que já foi casada com o acusado, pediu uma medida protetiva neste ano, porém no dia 27/05/2020 solicitou a revogação por meio da defensoria pública, fato esse que corroborou para a extinção do processo em 26/06/2020.

Nós da patrulha Maria da Penha, que fiscalizamos o cumprimento dessas medidas protetivas, nunca recebemos a solicitação do acompanhamento desta em específico. Sugerimos a todas as mulheres que possuem medida protetiva que não solicitem a revogação da referida, pois o seu descumprimento, além de crime autônomo (lei 11.340/06), pode gerar uma prisão preventiva do acusado, sendo, portanto, uma ajuda estatal eficaz para as mulheres vítimas de violência doméstica.

A PMP (patrulha Maria da Penha) está diuturnamente fiscalizando essas medidas, promovendo a sensação de segurança para essas mulheres, protegendo Marias desses abusos patriarcais construídos ao longo do tempo. A Patrulha Maria da Penha se solidariza com amigos e familiares e lamenta o ocorrido.

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