Aumento de 16%

Casos de violência doméstica aumentaram em Imperatriz, aponta Delegacia da Mulher

Três casos de feminicídios já foram registrados este ano em Imperatriz. Dois aconteceram nesse domingo, onde duas irmãs foram mortas a tiros.

Angra Nascimento/Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h06
Alan Patrick de Oliveira Soares, invadiu a casa da ex-mulher, identificada como Glayciane da Mota Bandeira, e a matou com vários tiros. Uma irmã dela também foi morta.
Alan Patrick de Oliveira Soares, invadiu a casa da ex-mulher, identificada como Glayciane da Mota Bandeira, e a matou com vários tiros. Uma irmã dela também foi morta. (Foto: Arquivo)

IMPERATRIZ – Dados da Delegacia da Mulher apontam que casos de violência doméstica têm aumentado em Imperatriz. Nos últimos meses, o aumento foi de 16%. De acordo com a coordenação do Centro de Referência em Atendimento à Mulher, o CRAM, os dados apresentados podem ser bem mais abaixo da realidade.

O Centro de Atendimento recebe casos encaminhados pela delegacia, e por outros órgãos, inclusive, o Ministério Público. “O CRAM atende casos enviados por toda a rede de proteção à mulher e entra em contatos com as vítimas pelos canais disponíveis”, reforça a coordenadora do Centro de Atendimento, Suely Brito.

Ainda de acordo com CRAM, o aumento é com base nos registros do período entre os dias 20 de março e 30 de abril. Conforme levantamento, chegou ao órgão no período crítico da pandemia de coronavírus, 169 denúncias de violência contra a mulher.

Duplo feminicídio

Nesse domingo (30), ocorreram dois feminicídios, onde duas irmãs foram assassinadas a tiros em Imperatriz. Inconformado com o fim do relacionamento, um homem, identificado como Alan Patrick de Oliveira Soares, invadiu a casa da ex-mulher, identificada como Glayciane da Mota Bandeira, e a matou com vários tiros. Uma irmã dela também foi morta. Em seguida o homem cometeu suicídio.

O caso chocou a população devido à brutalidade em que foi cometido. Testemunhas disseram à polícia que a cunhada foi morta porque o autor achava que ela tinha interferido para fim do relacionamento do casal. Após o fim do casamento, as ameaças passaram ser constantes e o caso foi parar na Delegacia de Mulher.

De acordo com a delegada da mulher, Silviane Terório, foram registradas pelas menos três ameaças, sendo que numa delas o suspeito teria enviado a fotografia de uma arma para a vítima dizendo que seria com aquela arma que iria executá-la. Foi então deferida uma medida protetiva em favor da ex-mulher.

Mas a vítima pediu retirada da proteção no dia 27 de maio deste, por meio da Defensoria Pública. Em 26 de junho o processo foi instinto.

“É importante esclarecer que essa vítima não tinha medida em vigor, ela tinha desistido. E fica o alerta para todas as vítimas, que continue com o procedimento, que acredite nas ameaças. Às vezes podem ser ameaças simples, mas que precisam ser levadas a sério”, alerta a delegada Silviane Terório.

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