Crise do coronavírus

Como imperatrizenses estão lidando com a queda na renda

Várias áreas foram diretamente afetadas provocando queda abrupta da renda de muitas pessoas.

Angra Nascimento/Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h08

IMPERATRIZ - Diante da pandemia do coronavírus (Covid-19), muitos brasileiros foram afetados diretamente pelo desemprego e queda ou interrupção nas suas atividades em decorrência da quarentena por causa do avanço da doença. São pessoas que viram de uma hora para outra a queda abrupta da renda.

Várias áreas foram diretamente afetadas como o ramo musical, por exemplo, deixando profissionais deste segmento completamente vulneráveis. A cantora gospel, Aldoraya Singer, conta que viu sua vida financeira “minguar” após não conseguir mais realizar apresentações, uma das atividades que tem como fonte de renda.

Aldoraya Singer viu sua agenda de shows ser cancelada de uma hora para outra. Foto: Arquivo Pessoal.
Aldoraya Singer viu sua agenda de shows ser cancelada de uma hora para outra. Foto: Arquivo Pessoal.

“Sou cantora, meu marido músico. Vivemos da música. Mas com o isolamento social não tem agenda com todo mundo trancado em casa. Toda a agenda de shows foi cancelada sem previsão de quando retornar”, ressalta. “Tenho um apartamento alugado, mas o inquilino não pagou porque também não tem dinheiro”, explica a artista, que forma com o marido a duola Edy e Aldoraya.

Sem dinheiro, Aldoraya e o marido estão passando por dificuldades. “Estamos comendo na casa de minha avó”, diz a cantora, acrescentando que se inscreveu para participar de um evento online que a Fundação Cultural está promovendo com o objetivo de ajudar os artistas atuantes profissionalmente no segmento musical da cidade. Os músicos selecionados receberão cachê para se apresentarem em plataformas digitais via internet.

Outra área diretamente afetada foi o segmento da beleza. O cabeleireiro Rubens Mening que com o isolamento social, as clientes não aparecem, e com isso, teve que demitir duas das seis funcionárias de seu salão de beleza. “Tive que cortar funcionários, tive que cortar muitos gastos, tive que diminuir os valores dos serviços”, afirma.

O cabeleireiro Rubens Mening teve que demitir duas de suas seis funcionárias. Foto: Arquivo Pessoal.
O cabeleireiro Rubens Mening teve que demitir duas de suas seis funcionárias. Foto: Arquivo Pessoal.

Com o salão sempre lotado em tempos normais, Rubens Mening, agora atende uma ou duas clientes por dia. “Estamos trabalhando, adotando todas as medidas de prevenção, mas não tem clientes. Antes, não trabalhava aos domingos, agora até domingo tento fazer atendimento para não afetar mais ainda o orçamento”.

O motorista de aplicativo Vinicius Lima, está amargando a perda de 90% no número de corridas. “Semana passada foram mais de 14 horas para fazer uma corrida”. Com a queda abrupta da demanda, ele conta que também diminuiu o tempo na rua. “Se não tiver corrida, não tem como ficar na rua, o prejuízo é maior”. Como é o responsável pela maior parte da renda em casa, Vinicius afirma que começa a enfrentar dificuldades. “Não sei como vou pagar o aluguel”.

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