Denúncia

Ex-monitores da Funac em Imperatriz denunciam irregularidades

De acordo com ex-servidores, são diversas irregularidades no órgão, que abriga 33 adolescentes infratores.

Imirante.com Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h10
Eles alegam que falta de segurança para trabalhar com os internos é grande.
Eles alegam que falta de segurança para trabalhar com os internos é grande. (Foto: divulgação)

IMPERATRIZ – A discussão em torto da unidade da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), localizada no bairro Três Poderes, em Imperatriz, continua. Após várias tentativas de fuga, atenção redobrada do Ministério Público, agora foi a vez de pelos menos 30 ex-monitores denunciarem irregularidades na unidade pena.

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Os ex-funcionários denunciam diversas irregularidades no órgão, que abriga 33 adolescentes infratores. Demitido em abril deste ano, o ex-monitor Eduardo conta que foi dispensado mesmo de atestado médico e tomando remédio de forma controlada para depressão, devido a forma de trabalho na unidade.

“Eu recebi uma ligação do diretor da unidade, e chegando lá fui pego de surpresa com o aviso de demissão”, afirma o agora ex-funcionário, demitido em abril deste ano, e desde então, conta que está sem salário.

Ao todo, um grupo de 30 servidores foram demitidos nos últimos meses. Segundo eles, as demissões não obedeceram nenhum critério, sendo que a maioria foi informada do desligamento por telefone. Outros estavam de férias.

Eles alegam que falta de segurança para trabalhar com os internos é grande. “A gente lidava com os adolescentes na voz. Você tinha que conversar, porque o uso do equipamento foi proibido. Lá tem seis algemas, todas quebradas. Falta material, falta tudo”, conta outro ex-monitor, identificado como Valdiley.

Os ex-monitores denunciam, ainda, que quando tem rebelião e tentativa de fuga na unidade, os monitores que estão trabalhando são punidos com a demissão. “Independentemente de fazer um bom trabalho ou não, é demitido do mesmo jeito”, afirma o ex-funcionário da Funac.

Em nota, a Funac disse que o desligamento dos servidores não efetivos ocorre de forma fundamentada e em algumas vezes por quebra de confiança ou motivada por conduta. Disse, ainda, que os servidores precisam ter condições de executar os procedimentos de segurança e aos cumprimentos dos princípios normativos e institucionais, visto que o descumprimentos desses procedimentos colocam em risco toda comunidade socioeducativa.

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