IMPERATRIZ – No último fim de semana começou a circular, pelas redes sociais, um áudio em que se ouve uma mulher ligando para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu192), pedindo atendimento para uma senhora que estava ferida na porta de seu comércio, mas o atendente do Samu se nega a mandar uma ambulância ao local.
Segundo foi apurado, o caso aconteceu na noite do dia 31 de janeiro de 2018, na cidade de Imperatriz, quando a senhora Andreia Barreira de Sousa ligou para o Samu, por volta das 19h35, relatando que tinha uma mulher, na porta de seu comércio no Centro de Imperatriz, com pé e o braço “sangrando muito”.
Na ligação, Andreia Barreira informa que a vítima aparentava ter quase 60 anos e estava gritando por causa dos ferimentos. O atendente questiona se Andreia conhece a pessoa ferida e se a vítima é moradora de rua, a comerciante responde que não a conhece e que ela não aparentava morar na rua.
O atendente pergunta, também, se Andreia Barreira iria acompanhar a mulher ferida até o hospital, porém a comerciante afirma que não poderia, pois estava sozinha em seu comércio.
“A senhora quer que tire (a mulher ferida) da frente do seu comércio?”, pergunta o servidor do Samu.
“Não, eu quero que você socorra ela, porque ela está sangrando”, declarou Andreia.
Nesse momento, o funcionário do Samu afirma que não vai mandar a equipe de socorro, pois não pode levar uma vítima sozinha para o hospital para não ficar jogada.
“Então ela vai morrer aqui? Pode deixar?”, questiona a comerciante.
“Pode deixar, a senhora é que sabe”, afirma o atendente, encerrando a ligação.
Ouça a conversa entre a comerciante e o atendente do Samu.
A conversa foi gravada por Andreia Barreira de Sousa, a qual procurou o Ministério Público do Maranhão no dia 2 de janeiro para denunciar o fato. Porém, devido ao recesso de ano novo, ela só pôde prestar queixa na última segunda-feira (7).
Segundo o coordenador-geral do Samu em Imperatriz, Alexsandro Freitas, o atendente é servidor público efetivo e já foi afastado de suas funções, enquanto o caso é investigado.
Ainda de acordo com o coordenador, a conduta certa, nessa situação, era o atendente passar a chamada para o médico regulador, o qual é responsável por tomar as decisões referente ao atendimento. O servidor, que não teve o nome divulgado, corre o risco de ser exonerado do cargo.
Segundo os colegas do atendente, o caso é lamentável, pois os consideram um dos melhores servidores.
Saiba Mais
- Sem reajuste salarial e com ambulâncias quebradas, servidores do Samu cruzam os braços em SL
- Por melhores salários, profissionais do Samu realizam paralisação em São Luís
- Balanço do Samu registra mais de 16 mil atendimentos por ano
- Crime: trotes para o Samu somam mais de 7 mil em três meses na capital
- Mais de 15 mil chamados ao Samu foram feitos neste mês na Ilha
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.