Para júri não ser coagido

Por pressão da PM, Ministério Público adia julgamento de Dalvane Sousa Silva

Sem nova data, o julgamento deve ocorrer em outra cidade.

Angra Nascimento / Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h21

IMPERATRIZ – Marcado para esta segunda-feira (13), o julgamento de Dalvane Sousa Silva acabou não acontecendo. Em nota, o Ministério Público explicou os motivos pelos quais a sessão do Júri foi adiada. A nova data não foi informada, só que o júri será feito em outra cidade “de preferência para a capital, onde o júri não sofra pressão nem retaliações por parte da corporação da Polícia Militar”. Veja a nota na íntegra!

O Ministério Público do Maranhão esclarece que a sessão do Júri a ser realizada nesta segunda, 13 de novembro, cujo réu é Dalvane Sousa Silva, não foi realizada por pedido de adiamento feito pelo MP-MA.

O MP-MA entende que a pressão feita pela corporação da Polícia Militar através de mensagens feitas pelo réu em programa de TV pedindo apoio para sua absolvição e grande repercussão da mesma mensagem em redes sociais, além de nota do coronel Ilmar, comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar de Imperatriz, convocando os policiais militares a participar do julgamento do réu, o júri pode se sentir coagido pela pressão feita pelos policiais e não agir com imparcialidade.

Por tais motivos, ainda na sexta, 10 de novembro, o Ministério Público do Maranhão fez um pedido de adiamento do júri com deslocamento para outra cidade, de preferência para a capital, onde o júri não sofra pressão nem retaliações por parte da corporação da Polícia Militar.

O caso

Consta na denúncia do Ministério Público, que no dia 30 de agosto de 2012, o policial militar Dalvane Sousa Silva assassinou Flávio da Conceição da Silva na cidade de Imperatriz. As investigações apontam que o policial chegou em uma viatura da PM atirando, sem dar oportunidade de defesa para a vítima.

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