IMPERATRIZ – O oficial de Justiça Marcelo Cortez, que atropelou e matou a menina Clara Braga Novaes de Amorim, de apenas dois anos, dentro de um condomínio, foi colocado em liberdade provisória, durante Audiência de Custódia. Marcelo havia sedo preso flagrante e autuado por homicídio doloso eventual, quando não quer, mas assume o risco de matar.
Durante a audiência, que terminou na madrugada de sexta-feira (28), a Justiça decidiu colocar em liberdade o oficial de Justiça. A decisão foi da juíza da 3ª Vara Criminal de Imperatriz, Ana Lucrécia Bezerra Sodré Reis. "Foi mantida a capitulação do crime e concedida liberdade provisória com aplicação de medida cautelar de suspensão da CNH por três meses", ressaltou a juíza.
Para a liberdade de Marcelo, a juíza Ana Lucrécia considerou os seguintes pontos:
1. O autuado apresentou comprovante de residência e é funcionário público concursado, o que afasta a necessidade de prisão para evitar fuga (aplicação da lei penal).
2. O autuado não tem registro de antecedentes criminais, implicando que sua liberdade não representa risco para a ordem pública.
3. O autuado se manteve no local do crime até a chegada da polícia e se dispôs a apresentar seu celular para ser periciado, demonstrando que sua liberdade não causa risco à investigação.
Ainda de acordo com Ana Lucrécia, "a medida cautelar foi aplicada tendo em vista depoimento de algumas testemunhas que informaram que o autuado dirigiu em velocidade inadequada dentro do condomínio em outros episódios". Além disso, o celular do Marcelo foi recolhido para perícia. As investigações, continuam.
Relembre o caso
Clara Braga Novaes de Amorim de pouco mais de dois anos, foi atropelada enquanto brincava com uma boneca, dentro do condomínio Recanto dos Pássaros, onde morava. A fatalidade aconteceu por volta das 17h da última quarta-feira (26).
Após a tragédia, Marcelo Cortez ficou em estado de choque dentro do carro, uma caminhonete S10. Ele foi preso e autuado em flagrante por homicídio dolo eventual. Em depoimento, o condutor assumiu o risco e admitiu que estava dirigindo numa velocidade superior ao permitido, assumindo o risco de atropelar a criança.
A menina era a filha mais nova dos três filhos do advogado Vitor Amorim e da professora Bárbara Novaes. Clara Amorim iria completar três anos no mês de outubro. O caso provocou uma grande comoção em Imperatriz.
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