Vaquejada Legal

Vaquejada Legal é tema de palestra realizada pelo Sindicato Rural de Imperatriz

Profissionais tiraram dúvidas sobre as mudanças que devem acontecer nos espetáculos.

Imirante Imperatriz, com informações da assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h24
Os profissionais que atuam nas vaquejadas, terão de se adaptar às regras para que os espetáculos continuem acontecendo.
Os profissionais que atuam nas vaquejadas, terão de se adaptar às regras para que os espetáculos continuem acontecendo. (Divulgação /Assessoria )

IMPERATRIZ - O Parque de Exposições Lourenço Vieira da Silva sediou, recentemente, uma palestra sobre o regulamento que busca uma padronização da legalização da vaquejada. Tudo isso para que os eventos possam replicar as práticas, estando de acordo com os direitos dos animais e garantindo a qualidade do tradicional espetáculo nordestino.

Jorge Anastácio, Coordenador de regulamentação da Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ), foi o responsável pela palestra e veio tratar dos principais pontos trazidos pelo regulamento. “Estamos focados no bem estar animal, na preservação dos bois e cavalos envolvidos nas provas. Com a obrigatoriedade do uso do protetor de cauda e a preservação das ferramentas utilizadas, para não causar nenhum tipo de ferimento”, aponta o coordenador.

Além de dispositivos de proteção para os animais, o regulamento exige a presença de profissionais capacitados e credenciados, para garantir a integridade dos animais. Além disso as mudanças também se aplicam na quantidade de corridas, equipamentos usados pelos competidores e regras nas provas, para que os animais não sejam sobrecarregados, pondo em risco segurança e integridade física.

Os profissionais que atuam nas vaquejadas, sejam eles peões, curraleiros, veterinários, juízes ou locutores, terão de se adaptar às regras para que os espetáculos continuem acontecendo. Galego, locutor de vaquejadas há mais de 8 anos, aponta melhorias que já sentiu, desde a criação do regulamento. “Antes um locutor chegava a trabalhar até 10 horas numa vaquejada. Hoje eu faço até quatro horas de trabalho. Antes peão corria seis, sete, oito senhas. Agora corre no máximo três”.

Mudanças como a redução do número de vezes que um animal pode participar da vaquejada, tornam o evento mais fluído, dinâmico e reduz os riscos de que algum animal sofra ferimentos e lesões. “A qualidade dos vaqueiros, pAra mexer com os animais, mudou muito. Os cavalos, os bois, eles recebem um tratamento mais adequado. A gente não vê animais sangrando, não usam mais chicote, nem espora”, relata Galego.

Atualmente, um projeto de lei tramita na câmara, para que a vaquejada sofra uma espécie de padronização, garantindo que todos aqueles que sigam o que está determinado na lei possam realizar eventos que agradem o público e que respeitem os animais envolvidos.

Desde o ano passado o Sindicato Rural de Imperatriz se movimenta na defesa da cavalgada. Damásio Dias, médico veterinário e membro da diretoria do Sinrural recorda uma das ações realizadas em 2016, com essa finalidade. “Em outubro do ano passado, fizemos uma grande carreata, para mostrar pra população que estamos dispostos a fazer o que estiver ao nosso alcance para garantir a continuidade da vaquejada. Dessa vez, com um grande palestrante, vamos reforçar com os profissionais o que precisa ser mudado pra nossa vaquejada ser legal”.

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