Programa social

Centro de Recuperação Casa de Davi realiza a formatura de ex-internos

Com a formatura, ex-internos voltam ao convívio da familia e da sociedade.

Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h31

IMPERATRIZ – A direção da Casa de Davi, entidade filantrópica que atua na recuperação de dependentes químicos, comemora neste fim de semana a formatura de mais uma turma. Em solenidade realizada num restaurante da cidade dez internos passaram de fase e quatro terminaram o seu tempo de permanência na chácara da entidade.

O coordenador da Casa de Davi, Gildemar Fernandes do Espírito Santo explica que desde o ingresso na entidade, os internos passam por três fases que duram dois meses cada uma e a formatura é um importante momento do trabalho de recuperação.

Na primeira fase, assim que dá entrada, o jovem vai para uma das casas existentes na chácara da entidade onde encontram pessoas isoladas na mesma situação. Só após dois meses e muitas conversas e orientações sobre convivência, cidadania e religião é que ocorre a transferência da pessoa para a fase seguinte e assim sucessivamente para a terceira e última fase.

“Fazemos isso porque eles vêm da rua cheios de si, onde eles decidem e faziam o que queriam e se a gente deixar eles próximos das pessoas de segunda e terceira fase, que já estão mais conscientes, eles correm o risco de convencer os veteranos e desestruturar o tratamento”, ressalta.

Gildemar do Espírito Santo faz questão de ressaltar que o tratamento vem atingindo os objetivos e a prova mais clara disso é ele próprio que era dependente químico.

“Eu vou fazer sete anos que estou andando para a honra e a gloria do Senhor. Cheguei naquela casa, entre 2010 e 2011, sem expectativa de sonhos, projetos e chegar a coordenador foi todo um processo”, relembra. Ele passou por cargos como auxiliar de obreiro, obreiro e atualmente responde pela coordenação do projeto que foi fundado pelo apóstolo Advando Rocha Júnior.

Sede própria da Casa de Davi

O projeto do Centro de Recuperação Casa de Davi vem sendo executado desde a década de 2000. Inicialmente o projeto funcionou numa chácara cedida por um empresário, que fica localizada no povoado Vila Machado, mas no ano passado a entidade precisou encontar outro endereço sob pena de acabar.

Depois de muita procura, finalmente a coordenação conseguiu uma chácara, que agora é própria, que fica no povoado Bananal, em Governador Edison Lobão.

A entidade funciona atualmente 20 internos, mas segundo Gildemar, caso fossem abertas mais cagas estas seriam preenchidas sem qualquer problema. A quantidade de vagas limitadas se dá em razão da falta de condições físicas e financeiras, mas eventos como esse realizado no restaurante dá folego para manutenção do projeto e de que a missão vem sendo cumprida.

“Não garantimos que aquele que conclui seu tempo vai ficar de pé (recuperado e nunca mais vai usar drogas), como temos pessoas que estão do lado de fora e estão livres e pessoas que estão do lado de dentro e estão caídas”, comparou a liderança acrescentando que nas palestras que vem ministrando descobriu que os centro de recuperação estão superlotados e todos com as mesmas pessoas.

“Isso significa que alguns vão, mas não com o objetivo de mudança de vida, as vezes para correr de polícia e com objetivo de buscar uma alimentação de um local para dormir outros e essas pessoas não se recuperam”, raciocinou.

Gildemar disse que “o Centro de Recuperação Casa de Davi não dá garantias de que a pessoas que deixar o local não vai mais ter contato dom as drogas, mas se esta pessoa colocar tudo o que aprender no centro com certeza ela vai andar aqui fora”.

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