Nova resolução

Divórcio consensual não é possível com a mulher grávida, define CNJ

O procedimento consensual, nestes casos, poderia provocar prejuízo ao bebê.

Imirante Imperatriz, com informações do CNJ.

Atualizada em 27/03/2022 às 11h33
A alteração na norma foi aprovada de forma unânime pelos conselheiros do CNJ.
A alteração na norma foi aprovada de forma unânime pelos conselheiros do CNJ. (Divulgação)

BRASIL – O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) alterou a Resolução CNJ 35/2007, que regulamenta a realização de separação e divórcio consensual por via administrativa, para esclarecer que o procedimento consensual não pode ser obtido caso a esposa esteja grávida.

Até então, a resolução previa como requisito para obter o divórcio ou a separação consensual a inexistência de filhos comuns menores ou incapazes. A alteração na norma foi aprovada de forma unânime pelos conselheiros do CNJ.

A alteração da resolução é resultado de trabalho desenvolvido no âmbito da Comissão de Eficiência Operacional e Gestão de Pessoas, visando abarcar a hipótese em que a mulher casada está grávida e deseja optar pela separação ou divórcio consensual. O conselheiro Carlos Eduardo Dias considerou, em seu voto, que permitir o procedimento consensual nestes casos poderia provocar risco de prejuízo ao bebê, que pode ter os direitos violados.

Segundo o CNJ, a resolução foi alterada no sentido de que na condição de grávida não é possível utilizar o recurso da escritura pública para formalização de acordo de separação ou divórcio em cartório, assim como ocorre, atualmente, no caso da existência de filhos menores ou incapazes.

Os conselheiros do CNJ assentaram, também, o entendimento de que o estado gravídico, caso não seja evidente, deve ser declarado pelos cônjuges, não cabendo ao tabelião investigar o fato, o que exigiria um documento médico e burocratizaria o processo.

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