IMPERATRIZ – No Dia Mundial do Autista, neste sábado (2), um alerta: está aumentando o diagnóstico dessa síndrome no mundo. Como não há tratamento, mas sim reabilitação a melhor forma de combate ao transtorno é o diagnóstico precoce em crianças a partir de 1 ano e quatro meses.
O neuropediatra Saíde Vilas Novas explica que o Dia 2 de Abril foi estabelecido como o Dia Mundial do Autismo tem grande relevância para a sociedade.
“A importância do Dia 2 de Abril é chamar a atenção dos pais, esclarecer, tirar preconceitos e acima de tudo, orientar, qual é a melhor forma de trabalhar essa criança que tem a síndrome”, explica.
Para chegar ao diagnóstico o especialista precisa submeter a criança a uma sessão de estimulação precoce, embasados em testes padronizados.
O neuropediatra enfatiza que as áreas mais afetadas (casos mais comuns) são do desenvolvimento afetivo e social que reflete na comunicação e no comportamento da criança.
“O autismo significa isolamento. A criança autista evita o contato social, não olha no olho e tem dificuldades de começar uma conversação. Depende da intensidade desse problema”, destaca. Conforme o expecto autista, a criança pode ter comprometimento leve ou muito comprometido e os sinais e sintomas dependem dessa intensidade.
Diagnóstico
Saide Vilas Novas assinala que a partir de 1 ano e três meses é possível fazer o diagnóstico da síndrome, mas pode haver mudança entre um caso e outro.
“Nós, neuropediatras, temos uma especialização no desenvolvimento, comportamento infantil e a partir de 1 ano, 1 ano e meio, já há condições de poder estabelecer esse diagnóstico. Existem tabelas e protocolos que facilita e orienta esse diagnóstico”, revela, acrescentando que há situações em que ao primeiro contato visual com uma criança numa sala no shopping é possível identificar e outas que precisam passar por duas ou mais sessões de observação no consultório.
Sobre a síndrome o especialista alerta que vem crescendo o número de casos no mundo e não há “uma causa muito bem estabelecida, vem se buscando estabelecer o que está acontecendo e que o número vem aumentando muito nos tempos”. Ele acrescenta que a síndrome não é hereditária e existe uma relação com a intoxicação de mercúrio, mas existem vários fatores que não podem ser determinados.
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