IMPERATRIZ – Quase a metade (45%) dos passageiros que viajaram de avião no ano passado tinham renda familiar entre dois e dez salários mínimos. Os dados são da Secretaria de Aviação Civil (SAC) e mostram que o setor está mais inclusivo, na medida em que pessoas com menor faixa salarial passam a ter mais acesso à aviação.
De acordo com a pesquisa O Brasil que voa, desses passageiros, 6,1% têm renda de até dois salários mínimos, o equivalente a R$ 1.576. Outros 17,2% ganham entre dois e cinco salários, e 21,7% recebem entre cinco e dez.
Para o ministro-chefe da SAC, o incremento dessa parcela da população se deve às companhias aéreas. Para manter a concorrência entre si e ter a ocupação necessária das aeronaves, elas têm reduzido o valor das tarifas. Em quatro anos, as passagens caíram 48% no Brasil.
“O transporte aéreo está democratizado. Nós conseguiremos ver um crescimento de, no mínimo, 7% ao ano na demanda de passageiros nos próximos 20 anos”, afirmou Eliseu Padilha. A expectativa é que, em 2034, 600 milhões de pessoas viagem de avião anualmente.
O ministro acredita, ainda, que a crise econômica vivida pelo país não será percebida pelo setor de aviação e é momento de oportunidade. O argumento é que os turistas internacionais devem migrar para o território nacional. Além disso, com a proximidade do período de férias, como as viagens internacionais estão mais dificultadas devido à alta do dólar, as nacionais passam a ser alternativa e incrementarão, o mercado interno.
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