Greve dos bancários em Imperatriz

Greve dos bancários afeta funcionamento das agências em Imperatriz

Entre as reivindicações, eles pedem reposição salarial de 16% e reposição da inflação.

Rodrigo Ribeiro/ Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h39
 Entre as reivindicações está o de reajuste salarial de 16%, incluindo reposição da inflação. (Foto: Rodrigo Ribeiro/ Imirante Imperatriz)
Entre as reivindicações está o de reajuste salarial de 16%, incluindo reposição da inflação. (Foto: Rodrigo Ribeiro/ Imirante Imperatriz)

IMPERATRIZ – “Basta de exploração”. Com essa frase estampada na frente da agência da Caixa Econômica Federal, que fica localizada próximo à Praça Brasil em Imperatriz, os bancários de todos os bancos públicos de Imperatriz paralisam as atividades, nesta terça-feira (6).

Nessa paralisação, que faz parte de um movimento nacional, a categoria apresenta uma pauta de reivindicações, que inclui reposição salarial e clausula sociais. Entre as reivindicações está o de reajuste salarial de 16%, incluindo reposição da inflação.

Segundo o diretor regional do Sindicato Bancário do Maranhão (SEEBMA), em Imperatriz, Luiz Maia, a greve é de caráter nacional e foi iniciada por não ser atendido os pedidos feitos pela classe, pois os bancos ofereceram 5,5% de reajuste salarial que não repõem o que é preciso.

“A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), já chegou a oferecer 5,5% de reajuste salarial, mas não repõem nem o período da inflação e outras reivindicações que podemos citar que envolve a população é, mais bancários, menos filas, lei de segurança bancaria, questão de saúde, contratação de novos funcionários, pois melhoraria o atendimento”, ressalta o diretor regional.

 Grevistas também estão entregando folhetos sobre a greve. (Foto: Rodrigo Ribeiro/ Imirante Imperatriz)
Grevistas também estão entregando folhetos sobre a greve. (Foto: Rodrigo Ribeiro/ Imirante Imperatriz)

Em algumas agências dos bancos públicos de Imperatriz, como Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Banco da Amazônia e Caixa Econômica Federal, várias pessoas entravam e saiam, não conseguindo resolver seus serviços bancários. Além disso, na Caixa Econômica da Praça Brasil, onde se encontravam a maior quantidade dos grevistas, muitas pessoas entravam e criando muitas filas nos caixas eletrônicos.

De acordo com a professora Vilaine Moura, os bancários têm razão pedir os seus direitos, mas deviam divulgar antes a deflagração da greve, que para ela, pegou a população de surpresa.

“Por um lado, eles estão reivindicando melhoria para eles, mas era preciso que fosse avisado toda a população antecipadamente, pois eu estou precisando fazer um serviço bancário que deveria ser hoje e não terei como fazer. Eles não me deram informação nem de como eu posso resolver o meu problema, nem se as lotéricas estarão fazendo o serviço”, desesperada explica a professora.

 Vários bancos estão com cartazes de greve estampados na porta. (Foto: Rodrigo Ribeiro/ Imirante Imperatriz)
Vários bancos estão com cartazes de greve estampados na porta. (Foto: Rodrigo Ribeiro/ Imirante Imperatriz)

Propostas

Para a Fenaban, o reajuste de 5,5% sobre os salários de 31 de agosto de 2015 vai, no mínimo, recompor o poder de compra dos trabalhadores dos últimos 12 meses. É informado que os trabalhadores terão ainda um abono de R$ 2,5 mil, a ser distribuído igualmente para toda a categoria dos bancários, que abrange cerca de 500 mil trabalhadores.

Explicam, também, que seu impacto será maior nos salários mais baixos, indenizando integralmente as perdas passadas decorrentes da inflação de até 60% dos bancários.

Com a correção, o salário de ingresso de um caixa, após 90 dias no emprego, passa de R$ 2.426,76 para R$ 2.560,23, destaca a federação.

A Fenaban mostra, ainda, destaca que os bancários receberão participação de 5% a 15% nos lucros dos bancos, maior quanto menor for o salário e maior seja a lucratividade da instituição.

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