IMPERATRIZ – Em greve desde segunda-feira, o policiais civis realizaram ação de panfletagem em frente à Delegacia Regional de Imperatriz nesta sexta-feira (7).
Segundo a categoria, a ação visa divulga para a sociedade os motivos da greve. Ainda segundo os grevistas, as investigações na regional de Imperatriz estão pardas devido à greve dos investigadores e escrivãs.
“A categoria continua parada. O governador não cumpre as decisões judiciais em relação a nossa classe e a categoria também não é obrigada a cumprir as decisões judiciais”, afirmou a investigadora Elucilene Reis, da Delegacia Especial da Mulher, falando da decisão da Justiça que decretou a greve ilegal.
De acordo com o representante do sindicato dos policiais civis, investigador José Rayol Filho, o governo apenas usou de uma ação que a categoria ganhou na Justiça no ano passado. “Foi implementado nos nossos contracheques esse valor que contemplava o valor de 600 a 700 reais para investigadores e escrivãs, na questão de nível superior. Nesse ano, ele apenas pegou esse valor e acrescentou ao que já ganhávamos anteriormente e deu um aumento de 5%”, destaca.
Os grevistas reclamam que os delegados receberam aumento de 70%, enquanto os policiais receberam apenas 5%. “O governo se mostrou desigual quando apresentou percentuais diferentes para categoria de delegados e para a categoria de investigadores, escrivãs e comissários, deu um valor irrisório para nós”, reclamou José Rayol.
Além da questão salarial, os policiais reclamam da falta de estrutura e pouco efetivo para atender a demanda da região. O sindicato estima cerca de 60 policiais para atender Imperatriz e as cidades que compõem a regional.
“Nós temos muitos se aposentando e, com isso, nós temos delegacias com apenas um investigador e temos até sem investigador, como é o caso do terceiro distrito, que se você chegar lá não tem um policial. Temos delegacias sem condições de trabalho, locais de trabalho insalubre, a delegacia de Porto Franco, por exemplo, é um mini presídio”, disse José Rayol.
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