Aniversário de Imperatriz

Imperatriz: de colônia a metrópole regional

Em 27 de agosto de 1856, nasceu a Vila Nova de Imperatriz.

Rodrigo Ribeiro/ Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h41

IMPERATRIZ - Em 16 de julho de 1852, três anos depois da partida da expedição que saiu do porto de Belém, nasceu a Colônia de Santa Tereza do Tocantins. Naquela época, a região onde hoje se encontra Imperatriz era território do Estado do Pará.

Segundo o historiador Adalberto Franklin, dois anos antes da fundação, a região passou a ser território do Maranhão.

 Igreja Santa Tereza D’ÁVila em Imperatriz. (Foto: Rodrigo Ribeiro/ Imirante Imperatriz)
Igreja Santa Tereza D’ÁVila em Imperatriz. (Foto: Rodrigo Ribeiro/ Imirante Imperatriz)

O frei Manoel Procópio do Coração de Maria, capelão da expedição, foi o fundador da povoação. Depois de quatro anos, em 27 de agosto de 1856, a Lei n.º 398 criou a Vila Nova de Imperatriz que, anos mais tarde, deu origem à cidade de Imperatriz, nome dado em homenagem à imperatriz Tereza Cristina.

De acordo com Adalberto Franklin, após colônia se tornar Vila Nova de Imperatriz, a cidade passou por um período em que o número de habitantes não chegava a mil pessoas.

 Academia Imperatrizense de Letras, antiga prefeitura da cidade. (Foto: Rodrigo Ribeiro/ Imirante Imperatriz)
Academia Imperatrizense de Letras, antiga prefeitura da cidade. (Foto: Rodrigo Ribeiro/ Imirante Imperatriz)

“Quando Imperatriz se tornou cidade, não tinha nem mil habitantes na sede, e isso vai aproximadamente até o ano de 1940, onde podia encontrar pouco mais de 1.200 pessoas na sede”, ressalta o historiador.

Prefeitura de Imperatriz, onde hoje é a Academia Imperatrizense de Letras. (Foto: Arquivo/ Fernando Cunha blog Museu Imperatriz)
Prefeitura de Imperatriz, onde hoje é a Academia Imperatrizense de Letras. (Foto: Arquivo/ Fernando Cunha blog Museu Imperatriz)

Essa quantidade de habitante não durou muito tempo, pois, por volta de 1950, o território de Imperatriz englobava o território que vai de Açailândia até Grajaú e, nessa região, já se podia encontrar 10.000 habitantes.

Adalberto Franklin destacou ainda que, em 1953, começou a primeira integração de habitantes na região. É quando começa a chegada dos primeiros migrantes da seca do Nordeste.

 Depois de quatro anos, em 27 de agosto de 1856, a Lei n.º 398 criou a Vila Nova de Imperatriz. (Foto: Rodrigo Ribeiro/ Imirante Imperatriz)
Depois de quatro anos, em 27 de agosto de 1856, a Lei n.º 398 criou a Vila Nova de Imperatriz. (Foto: Rodrigo Ribeiro/ Imirante Imperatriz)

“Imperatriz só começou ter o seu primeiro crescimento com a chegada desses migrantes que vinham da seca do Nordeste. Isso aconteceu por causa da abertura da estrada. Assim, em 1960, a cidade já tinha 34.000 habitantes. De 1953 a 1955, foram a vinda dos povos que fugiam da seca. A partir de 1958, o início da construção da rodovia BR-010”, destaca Adalberto Franklin.

Antes da construção da rodovia, os imperatrizenses nunca tinham visto um carro, mas já conheciam o avião. Adalberto Franklin comentou que “Imperatriz conheceu o avião antes do caminhão”.

 Antes da construção da rodovia, os imperatrizenses nunca tinham visto um carro, mas já conheciam o avião. (Foto: Arquivo/ Fernando Cunha blog Museu Imperatriz)
Antes da construção da rodovia, os imperatrizenses nunca tinham visto um carro, mas já conheciam o avião. (Foto: Arquivo/ Fernando Cunha blog Museu Imperatriz)

Segundo o historiador, antes da construção da rodovia, aa cidade contava com um aeroporto, localizado onde fica hoje o hospital da Unimed. Mas, pouco tempo depois, esse aeroporto mudou-se para a região que está hoje a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), Unidade Regional de Educação e as Escolas Graça Aranha e Dorgival Pinheiro de Sousa.

Após esse período, quando começou a construção da rodovia Belém-Brasília, foi quando a cidade conheceu o primeiro automóvel. O historiador frisou que a chegada desse automóvel foi de grande importância para a cidade na época.

 Com a construção da estrada, Imperatriz se tornou um ponto estratégico e foi quando ganhou o apelido de “O portal da Amazônia”. (Foto: Rodrigo Ribeiro/ Imirante Imperatriz)
Com a construção da estrada, Imperatriz se tornou um ponto estratégico e foi quando ganhou o apelido de “O portal da Amazônia”. (Foto: Rodrigo Ribeiro/ Imirante Imperatriz)

Com a construção da estrada, Imperatriz se tornou um ponto estratégico e foi quando ganhou o apelido de “O portal da Amazônia”, pois o início da floresta Amazônica era aqui na cidade.

“Imperatriz era um lugar de grande importância para a rodovia, pois o objetivo da construção da estrada era derrubar a floresta, e aqui começava a mata Amazônica. Nesse período, a cidade recebeu o apelido de ‘O Portal da Amazônia’”, finaliza Adalberto Franklin.

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