IMPERATRIZ – A rede de Saúde Mental conta com órgãos capacitados para realizar o tratamento humanizado de pessoas com algum tipo de transtorno mental. Mas alternativas, principalmente, para pacientes que, também, são usuários de drogas, podem contribuir para avanços, segundo a assistente social, especializada na área, Marlene Lima.
A profissional conta que grande parte dos pacientes, também, usam algum tipo de substância psicoativa. Nesses casos, eles costumam ser encaminhados para tratamento especializado no Centro de Apoio Psicossocial (CAPs) AD III, mas o diagnóstico é difícil.
“Até hoje, não é muito fácil avaliar quando é que a pessoa tem um transtorno mental desencadeado pelo uso excessivo de drogas, ou se a pessoa tem transtorno mental e, em decorrência da sua vulnerabilidade, de estar sujeita a tantas outras influências, também, passa a usar drogas”, explica.
Mesmo com o centro especializado, Marlene diz que outros lugares são procurados. “Hoje, em Imperatriz, talvez por uma ausência de uma ação governamental mais contundente, tem crescido muito as comunidades terapêuticas, ou comunidades religiosas, que acabam optando pela abstenção total e internação. É uma alternativa necessária”, desabafa.
A assistente social explica que essas comunidades possuem uma forma diferente de trabalhar, mas que pode resolver o problema de muitos pacientes, se tornando mais um braço (além das políticas públicas) nessa rede que busca amparar essas pessoas.
“Não dá para se pensar a saúde mental só com ação governamental, porque tem um monte de gente fazendo saúde mental. Está certo ou está errado? Não posso entrar nesse mérito. Quando a gente lida com uma coisa complexa, acho que o importante é unir forças. O que eu fico pensando, particularmente, como profissional, é qual é o nível da seriedade? Mesmo que você faça uma coisa que eu discordo completamente, por que aquilo que eu estudei não aponta para isso, mas você faz com seriedade, algum resultado você vai obter”.
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