Câmara Municipal

Impactos no Rio Tocantins são discutidos em audiência

Problemas como o lixo, esgoto, assoreamento e extração foram abordados na Câmara Municipal.

Imirante Imperatriz, com informações da assessoria.

Atualizada em 27/03/2022 às 11h43
 Mais de 10 mil pessoas sobrevivem do rio. (Foto: João Rodrigues / Imirante Imperatriz)
Mais de 10 mil pessoas sobrevivem do rio. (Foto: João Rodrigues / Imirante Imperatriz)

IMPERATRIZ – Durante audiência pública, realizada nesta quinta-feira (30), na Câmara Municipal, representantes de várias instituições discutiram os danos ambientais causados ao Rio Tocantins, como lançamento de esgotos sem tratamento, lixo nas margens e leito, e extração de areia em locais impróprios. As instituições também buscaram soluções para os problemas.

O presidente da Fundação Rio Tocantins, Domingos Cézar, falou sobre a importância do rio economicamente para muitas famílias, citando seu próprio exemplo, como filho de pescador. “Não vejo o rio pelas suas questões turísticas e beleza, mas pela sua importância, que é econômica. Mais de 10 mil pessoas sobrevivem desse rio”, disse.

Para o ambientalista, a criação de uma lei para conter a retirada de areia das margens seria o primeiro passo a ser dado e que poderia ser feito, também, nos outros municípios banhados pelo rio.

A presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente, Ivanice Cândido, citou pontos importantes de discussão em relação ao lixo que devem ser observados pela população, poder público e empresariado.

“Essa angústia é de todos nós. O conselho realiza todos os anos uma blitz de limpeza nas margens do Rio Tocantins. Não resolve, é apenas uma ação para chamar a atenção da população, de que cada um de nós deve fazer a sua parte. O lixo, os resíduos lançados nos riachos pela população e que chegam no rio é muito grande”, destacou.

 O lixo, os resíduos lançados nos riachos pela população e que chegam no rio é muito grande. (Foto: João Rodrigues / Imirante Imperatriz)
O lixo, os resíduos lançados nos riachos pela população e que chegam no rio é muito grande. (Foto: João Rodrigues / Imirante Imperatriz)

Ivanice falou, também, sobre a elaboração do Plano de Saneamento Básico de Imperatriz exigido pelo governo federal, pedindo a participação de todos na elaboração. A representante da sociedade civil, Claudia Miranda, mostrou preocupação sobre a questão, afirmando que falta cada um fazer a sua parte, mas unindo forças para que muitas questões sejam feitas de imediato, a médio e longo prazo.

Claudia também questionou a situação das empresas que se instalam em Imperatriz, causam diversos tipos de impactos ambientais, e não são cobradas em relação à compensação ambiental. “Espero como cidadã que as coisas sejam feitas, que se não se engavete e fique só no aqui, agora. Nós aqui ficamos sempre a ver barquinhos”, afirmou.

O vereador Carlos Hermes (PCdoB) ressaltou que a preservação dos recursos hídricos é uma responsabilidade conjunta, ou seja, dos poderes públicos e da sociedade. “Não podemos nos isentar do debate a respeito da preservação do rio, que é nosso bem precioso. Porém, precisamos encontrar medidas concretas para diminuir os impactos ambientais que ele vem sofrendo ao longo dos anos, seja com o assoreamento das margens, com o esgoto, até a extração desordenada de areia. É necessário o envolvimento de todos os setores da sociedade”, enfatizou,

Ao final da audiência foi sugerida a criação de uma comissão formada por representantes de cada entidade para se buscar soluções. O debate foi conduzido pelo presidente da Comissão Permanente de Planejamento, Uso, Ocupação do Solo e Meio Ambiente, vereador Rildo Amaral.

Participaram da audiência representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Companhia de Saneamento Ambiental, Conselho Municipal de Meio Ambiente, professores, Fundação Rio Tocantins, Associação Comercial, sociedade civil e vereadores.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.