Homenagem

Maranhão poderá ter memorial pelas vítimas da Ditadura Militar

Epaminondas foi um dos casos marcantes das ações da CNV na região.

Imirante Imperatriz, com informações da assessoria.

Atualizada em 27/03/2022 às 11h47
(Divulgação/Imirante Imperatriz)

IMPERATRIZ - Personagens marcantes da Ditadura Militar, como Manoel da Conceição, Antônio Lisboa Brito, Jotinha, Joaquim Lavanca, José Viana de Sousa, Nonatinho, Antônio Batista da Silva, Rui Frazão e Epaminondas Gomes, poderão fazer parte de um memorial, caso o Projeto de Lei apresentado na Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão (Alema), na última quarta-feira (17), seja aprovado pelo governador eleito Flávio Dino.

Em maio de 2012, foi instalada a Comissão Nacional da Verdade (CNV), para apurar e esclarecer, indicando as circunstâncias e a autoria, as graves violações de direitos humanos praticadas entre 1946 e 1988, prezando pela efetivação do direito à memória e a verdade histórica, além de promover a reconciliação nacional. Os membros da CNV colheram mais de mil depoimentos e realizou 80 audiências e sessões públicas.

Na Região Tocantina, a comissão apurou e apresentou os resultados sobre o caso do líder camponês Epaminondas Gomes de Oliveira, que foi morto sob custódia do Exército durante a ditadura.

A CNV apurou, também, o caso de Manoel da Conceição, que é reconhecido como a maior liderança camponesa do Maranhão. Hoje, com 80 anos de idade, ele mora com a esposa, em Imperatriz.

Manoel só não foi assassinado durante a ditadura porque o Papa Paulo VI pediu, oficialmente, sua libertação. Na época, ele vivia em Pindaré-Mirim, onde se tornou o presidente do primeiro Sindicato de Trabalhadores Rurais do Maranhão, mobilizando milhares de trabalhadores de toda região.

Projeto

O Projeto de Lei para a criação do memorial, de autoria do deputado estadual Bira do Pindaré (PSB), é uma forma homenagear os maranhenses que foram vítimas da Ditadura Militar, propondo estudo e adoção de reparo moral e material às vítimas identificadas no relatório final da CNV que ainda estão vivas.

É previsto no projeto, também, o tombamento especial da antiga sede da Polícia Federal, no Centro de São Luís, porque ali foi identificado como local de tortura, segundo as investigações da comissão.

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