Comércio

Pouca circulação de moedas prejudica comércio em ITZ

Moedas de R$ 0,05, R$ 0,10 e R$ 0,25 centavos são as que mais faltam.

Diana Cardoso / Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h47
Moedas de  R$ 0,10 e R$ 0,25 centavos são as que mais faltam.
Moedas de R$ 0,10 e R$ 0,25 centavos são as que mais faltam. (Marcos Santos / USP Imagens)

IMPERATRIZ - A movimentação no Centro Comercial de Imperatriz é grande neste período, principalmente, com o horário especial adotado pelos lojistas para atrair consumidores nas compras de fim de ano. Mas, a pouca circulação de moedas tem prejudicado os comerciantes, principalmente, do setor de alimentação.

Em vários estabelecimentos, como lojas, lanchonetes, farmácias, restaurantes e outros lugares são possíveis notar recados fixados como: “Facilite seu troco, estamos sem moeda”, ou então; “trocamos dinheiro de papel por moedas”.


A operadora de caixa de uma lanchonete no Centro de Imperatriz, diz que às vezes está complicado passar o troco, e que a saída é optar negociar com o cliente oferecendo algo em troca.

“É esta correria que você está vendo, a moeda está difícil, e a falta de troco atrapalha no atendimento, algumas pessoas não tem paciência. A alternativa é oferecer algo para o cliente, como balas ou chocolate, mas, não são todos que querem”, conta a caixa Aline Matias.

O economista Fernando Babilônia tem uma explicação para a escassez de moedas no comércio: muitas pessoas deixam o dinheiro em casa. As moedas vão parar num cofrinho, uma medida para aumentar as economias domésticas nesse período de compras.

“É um estímulo das pessoas economizarem, fazer um cofre e guardar as moedas. Tem muito haver também, com educação financeira, onde os pais incentivam os filhos a juntar moedas”, explica o economista.

Por outro lado, Fernando Babilônia ressalta também, que geralmente as pessoas juntam moedas no decorrer do ano e abrem o cofre próximo ao Natal ou Ano Novo.

“É comum as pessoas passarem o ano todo guardando moedas, e quando chega no fim o ano abrem o cofre, mas como aumenta a demanda de consumidores neste período, é natural que ocorra escassez da moeda metálica no comércio”, ressalta.

Um outro motivo apontado pelo economista é que o Banco Central não tem ampliada a fabricação do dinheiro metálico.

“O Banco Central produz uma quantidade X de dinheiro metálico, houve uma redução, e acaba atingindo o comércio” diz.

Dados

Dados do Banco Central indicam que, atualmente, o dinheiro metálico corresponde a 3,1% do total de moeda em poder da população e da rede bancária, no Brasil. Considerando as duas famílias de moedas (as antigas, de inox, e as atuais) e os modelos comemorativos, existem 22,51 bilhões de unidades no mercado.

Moedas de R$ 0,01, R$ 0,05, R$ 0,10 e R$ 0,25 centavos são as que mais faltam e dificultam o troco para os usuários.

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